GPA planeja vender ativos não estratégicos, como fatia na C-Nova, mas “sem pressa”

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Depois da cisão do Assaí (ASAI3), o GPA (PCAR3), dono de marcas como Pão de Açúcar, Extra, Bem Barato e outras, pode vender ativos não estratégicos para focar em digitalização e em seu core business, segundo o CEO do grupo, Jorge Faiçal. A venda incluí até a parcela de cerca de 34% que a empresa tem na C-Nova, e-commerce líder de mercado na França, que vale cerca de 2,4 bilhões de euros.

“A gente tem identificado aqui os ativos que a gente considera não essenciais para a continuidade do nosso negócio. São ativos que geram lucro, geram caixa, geram resultados, mas de alguma forma a gente os considera non core. Os ativos são Uruguai, Argentina, a nossa participação na C-Nova e eventualmente algum negócio de menor envergadura, como por exemplo nosso negócio de drogarias”, disse em entrevista ao InfoMoney.

“Não existem propostas na mesa. Nós não vamos vender esses negócios a qualquer custo, baratos, porque eles são de fato negócios muito rentáveis. Não existe pressa do controlador para fazer essa venda, e nem pressa aqui nossa de fazer qualquer monetização acelerada disso, fora de seu tempo adequado e fora de seu pricing adequado. Se surgirem boas propostas, boas negociações, a gente sim pode vender, mas até o momento elas são todas empresas que geram e contribuem positivamente para os nossos resultados”, completou.

Segundo o CEO, a ideia do grupo é focar no core business, que seriam as operações no Brasil e na Colômbia, digitalização, os formatos bem-sucedidos como o Pão de Açúcar no Brasil, o Carulla e o Éxito na Colômbia. “Não temos a necessidade de redução da alavancagem. (…) Temos capex próprio, com previsão de R$ 1,5 bilhão no bloco sul-americano em 2021”, disse.

Guillaume Gras, CFO do grupo, disse que o GPA não tem necessidade de venda de ativos. “Nós temos uma geração de caixa operacional muito forte, de R$ 1,7 bilhão, que permite cobrir nosso plano de investimento e também nosso custo financeiro”, afirmou. Gras também citou que a empresa pretende continuar pagando dividendos de 25% do lucro.

Os executivos falaram ainda que há a expectativa de o e-commerce de alimentos crescer mais de sete vezes nos próximos anos.

 

Fonte Infomoney
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