GPA obtém R$ 1,2 bi com venda de ativos

0 321

O GPA concluiu ontem o processo de venda de ativos para reduzir a sua alavancagem, totalizando 39 imóveis vendidos por R$ 1,18 bilhão num período de quatro meses. A última fase anunciada foi a venda de 11 lojas por R$ 233,6 milhões para dois fundos da TRX Gestora de Recursos, como anunciado na noite de ontem.

Nesta tranche estão nove lojas da rede de supermercados Pão de Açúcar e duas lojas da cadeia de lojas de vizinhança Mercado Extra. Este último acordo de venda foi fechado com o TRX Real Estate Fundo de Investimento Imobiliário e o TRX Real Estate II Fundo de Investimento Imobiliário.

Nas negociações dos 39 imóveis, foram fechados contratos de venda com acordo de locação com o GPA, que recebe os recursos no caixa, mas passa a pagar aluguel pelas unidades. Em notas explicativas do balanço do segundo trimestre, para operações anunciadas até junho, a empresa informava que a locação tinha prazo de 15 anos, renováveis por igual período.
Na primeira tranche foram cinco unidades vendidas em maio, sete lojas na segunda tranche em junho, 16 na terceira fase em julho de 2020 e agora, 11 lojas em agosto. Em dezembro de 2019, a empresa informou venda de outras seis lojas Pão de Açúcar para a Rio Bravo Investimentos por R$ 92 milhões. Pelo balanço, se vê redução da dívida líquida das transações fechadas no segundo trimestre, com o valor bruto já descontado o caixa e aplicações financeiras.

A dívida líquida passou de R$ 10,8 bilhões de janeiro a março para R$ 9,2 bilhões de abril a junho. Com isso, a relação entre dívida e lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda, da sigla em inglês) nesse período caiu de 2,5 vezes para 2,2 vezes, sem considerar as tranches de julho e agosto. Um ano antes, de abril a junho de 2019, a relação era de 0,4 vezes. Em teleconferência no fim de julho, a empresa afirmou que a taxa havia caído e estava dentro do planejado.

A dívida da empresa aumentou principalmente por conta da captação de recursos destinados à aquisição do grupo colombiano Éxito, controlado pelo GPA desde 2019, após uma simplificação de estruturas do controlador Casino na América Latina.

“Essas vendas têm como objetivo, contribuir com a redução da alavancagem da Companhia, bem como financiar as oportunidades de crescimento rentável, destacando-se o plano de rápida expansão da bandeira Assaí”, disse ontem o GPA em comunicado ao mercado.

Em fevereiro, o diretor financeiro Christophe José Hidalgo, disse que o GPA buscava vender mais de R$ 3 bilhões em ativos não essenciais. Hidalgo citou ativos imobiliários, postos de gasolina e até mesmo operações na Argentina ou no Uruguai como possíveis alvos.

Fonte Valor Econômico
Notícias Relacionadas
Deixe um comentário

Seu endereço de email não será publicado.