Fim de ano: aumento no fluxo de clientes nas lojas pede mais atenção contra furtos

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O Papai Noel deverá ser mais generoso com o varejo brasileiro no Natal de 2019. As contratações de trabalhadores temporários no varejo e no setor de serviços, por exemplo, devem somar 103 mil vagas, a melhor marca nos últimos cinco anos, como aponta o estudo da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), por sua vez, prevê que as vendas natalinas neste ano devem chegar a R$ 35,9 bilhões, aumento de 4,9% em relação a 2018, reforçadas pelos saques do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), a inflação em baixa e a melhora no crédito. As vendas dos supermercados, de acordo com a Associação Paulista de Supermercados (Apas), também podem apresentar um crescimento de receita de 6%. Segundo a entidade, no mês de dezembro as vendas crescem 24% em relação à média dos outros meses.

Mas receber muita gente na loja não é sinônimo de faturamento maior e, pior, pode se transformar em prejuízo pelo registro de perdas decorrentes dos furtos, especialmente os externos. “Nesse período do ano, eles aumentam entre 30% e 40%, especialmente nas seções de brinquedos, confecção e eletrônicos, porque os produtos ficam mais expostos nas prateleiras e a demanda é maior. Mas não podemos esquecer dos furtos internos, pois nesta época do ano as empresas contratam muitos temporários”, afirma Luiz Fernando Sambugaro, diretor de Comunicação da Gunnebo.

Assim, a poucas semanas das festas de fim de ano e a do pagamento da primeira parcela do 13º salário, os varejistas devem ficar mais atentos às perdas, que atingiram em 2018, segundo a Associação Brasileira de Prevenção de Perdas (Abrappe), a média de 1,38% do faturamento líquido do varejo restrito, totalizando algo em torno de R$ 21,5 bilhões. “Os empresários, apesar do maior acesso às informações sobre ocorrências desse tipo, ainda subestimam o problema e têm dificuldade para escolher o melhor método para proteger o estabelecimento”, explica Sambugaro. “Seja qual o for o tamanho da empresa, eles têm de levar em conta que uma pessoa, ao entrar na loja, torna-se um cliente em potencial, mas quando o estabelecimento não dispõe do mínimo de tecnologia para a prevenção de perdas e furtos esse visitante pode tornar-se também uma grande dor de cabeça”, diz o diretor.

Tecnologia e gestão eficazes

De acordo com Sambugaro, para um bom gerenciamento das perdas é essencial considerar investimentos em tecnologia. “Uma boa estrutura com circuito interno integrado às etiquetas antifurto e uma política de segurança interna resolvem 95% dos problemas. Mas o mercado tem à disposição uma série de soluções que auxilia na proteção de produtos, garante a segurança da loja, além de facilitar a gestão e o controle das equipes operacionais e de vendas”, argumenta o executivo. “A tecnologia disponível no país é bastante eficaz, mas também é necessário ter uma gestão eficiente e um bom capital humano”, completa.

As antenas antifurto, em conjunto com os mais variáveis tipos de etiquetas (rígidas ou adesivas), além do monitoramento por CFTV, são algumas das soluções eficazes para o comércio identificar no “mar” de consumidores os que vieram para comprar e nada mais. “Mesmo faltando menos de dois meses para o final do ano, ainda há tempo para adoção de algumas medidas. Com o maior volume de pessoas, e também de funcionários, as áreas mais críticas a serem monitoradas são compras, recebimento, estoque, troca de mercadorias, tesouraria, operação de caixa e transporte do dinheiro”, afirma Sambugaro.

O diretor da Gunnebo deixa cinco dicas importantes para o varejista que quer reduzir as perdas no Natal.

1 – Verifique como está a manutenção das soluções de prevenção de perdas presentes na loja caso as tenha; no caso de antenas antifurto, analisar se o estoque de etiquetas é o adequado para o aumento e giro de estoque.
2 – Invista em gestão, pessoas e tecnologia. Dessa última, contar com câmeras, antenas antifurtos e cofres inteligentes é fundamental para dar segurança, além dos cadeados eletrônicos, que fazem a diferença nas vendas.
3 – Dê atenção especial aos Produtos de Alto Risco (PAR), como aparelhos celulares, lâminas de barbear, desodorantes, calças jeans, calçados, bebidas – uísques, vodcas e cervejas -, carnes, especialmente as nobres, etc.
4 – Manter a loja organizada, principalmente dentro do estoque facilita o controle e diminui assim o número de fraudes.
5 – As equipes de caixa e vendas devem ser treinadas objetivamente quanto aos cuidados e observação das pessoas que estão na loja. Por isso, é fundamental contar com funcionários comprometidos, treinados e atualizados.

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