Exclusivo: Carrefour cresce apostando em formatos que vão desde a loja de bairro até o Atacadão

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CarrefNo ano passado, o Carrefour apresentou um incremento de 12,6% em seu faturamento, atingindo 42,7 bilhões de reais, resultado superior ao da inflação, de 10,7%. O montante foi percentualmente maior que os do GPA e do Walmart, que tiveram 6,4% e retração de 1,1%, respectivamente, no mesmo período. Os bons ventos para o varejista francês, que chegou em 1975 no Brasil, devem-se não somente à sua multiplicidade de formatos, que vão desde lojas de pequenas superfícies – que é o caso do Express – até lojas de atacarejo – que é o caso do Atacadão –, este último adquirido em 2007, e que nas mãos do Grupo passou de 34 lojas para 123 unidades em todos os Estados brasileiros. Aliás, a bandeira atacadista é responsável por boa parte dos resultados favoráveis da empresa, que, no Brasil, não divulga dados por bandeira. Nos últimos anos, o Carrefour se reinventou, mudando formas e maneiras de atuar, mostrando que sua constante adaptação ao mercado brasileiro pode trazer resultados superiores aos de seus grandes concorrentes. “Hoje, qualquer varejista com sucesso tem de aceitar a realidade de que ele precisa trabalhar com todos os formatos, e que, em particular, o formato de conveniência é uma necessidade absoluta de sobrevivência. Isto é, não apenas como uma substituição do hipermercado e do atacarejo, mas também como um complemento necessário do cliente de qualquer bandeira”, diz Charles Desmartis, presidente do Carrefour no Brasil. A seguir, o presidente fala sobre o Carrefour Express, o Atacadão, o varejo e o fundo de investimento Península, de Abilio Diniz, acionista da companhia.

O Carrefour Express, que é o formato de proximidade da empresa, tem planos para outros Estados?

Abrimos a primeira loja em agosto de 2014, no bairro do Tatuapé. Agora, temos 30 lojas do Carrefour Express, todas elas em São Paulo. Primeiro, vamos concentrar em São Paulo o crescimento e a expansão do Express, para chegar a uma massa crítica, obter uma logística dedicada, e melhorar ainda mais o modelo. Talvez precisemos desenvolver um modelo de loja ainda menor. Ou talvez um terceiro modelo, hoje um pouco maior que um minimercado, mas para o Express, neste ano e em 2017, vamos ficar em São Paulo.  

Quais foram as mudanças pelas quais o formato passou no período?

Abrimos a primeira loja com 2.300 SKUs e agora estamos com 3.400 SKUs. Aumentamos o número de SKUs, introduzimos os perecíveis, FLV – que não havia na primeira loja –, mas a demanda por parte dos clientes foi tão grande que nós entendemos que precisávamos dedicar ao formato uma atenção exclusiva. Foi um sucesso. Introduzimos, em alguns meses, o sortimento de carne, e estamos acertando esse sortimento de loja para loja, dependendo da demanda. É um modelo de mutação, de evolução contínua.

Vocês se preocupam em manter o mix de acordo com a vizinhança, isto é, de acordo com o tipo de público que frequenta determinada loja?

Atualmente, com 30 lojas, que é uma base estatística de aprendizado pequeno, há dois grandes tipos de lojas, as lojas de passagem e as lojas de freguesia mais residencial. É claro que o sortimento precisa ser adaptado, a loja de passagem é mais do tipo ready to leave, pequenas embalagens, pequenos acondicionamentos, lojas residenciais, com um pouco mais de reposição, mas com um sortimento diferente.

Continue lendo esta matéria aqui! Revista Distribuição – ed. Maio

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