Dia do Solteiro chega ao Brasil com descontos de até 90% no e-commerce

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As vésperas da Black Friday, a varejista online AliExpress se prepara para promover nesta segunda-feira (11) o Festival do Dia do Solteiro, tradicional evento chinês que movimentou US$ 30,8 bilhões em 2018 – mais que as edições mundiais de Black Friday e Cyber Monday juntas.

Em seu primeiro ano no Brasil, o Alibaba Group, controlador do e-commerce chinês, desenvolveu uma série de ações para o mercado brasileiro com descontos que podem chegar a 90% e sorteios de carros, celulares e viagens para os participantes.

O marketplace também presenteará com dois cupons de R$ 1111 por dia até 10/11 aqueles que criarem as histórias mais criativas com os filtros do Instagram da marca e contratou um time de influenciados que vão distribuir cupons de desconto e promover o festival nas redes sociais durante as 48 horas de promoção.

Segundo Eduardo Yamashita, COO do Grupo GS&Gouvêa de Souza, uma empresa de consultoria para o varejo, a estratégia agressiva de expansão do festival para o mercado brasileiro é vista como natural devido às relações já estruturadas que o grupo chinês possui no país.

“Nos últimos dois anos, o Alibaba tem expandido o Dia do Solteiros fora da China e é natural que nós sejamos um alvo, porque o Brasil é um bom mercado pela sua grande população e seu alto potencial de consumo”, explica Yamashita.

Aproveitando o início da operação de cross border lançado no início do ano em seu e-commerce, a Americanas.com também irá promover o festival no país, vendendo mais de 8 milhões de itens diretamente da China – com descontos de até 80% e frete grátis no site.

Outra novidade anunciada pela marca é a oferta de cupons no site, nas mídias sociais e em um jogo no app da plataforma, desenvolvido especialmente para a data.

“Resolvemos trazer para o Brasil um evento já tradicional na China e criar uma data no calendário do e-commerce brasileiro”, explica Fabio Abrate, diretor de Relações com Investidores da B2W Digital (BTOW3), empresa que controla a Americanas.com.

Concorrência com a Black Friday

Em meio aos esforços para tornar a data no Brasil tão popular quanto a Black Friday, Yamashita pontua que parte do efeito de popularização do festival depende da adesão dos varejistas brasileiros às promoções do evento e do estreitamento das relações de players nacionais com o mercado chinês.

“Ter uma data tão forte internacionalmente seria absolutamente interessante para o nosso mercado, porém quem está embarcando nessas promoções é o AliExpress e outros que vendem produtos de parceiros da China. Ainda existe alguns conflitos de interesse entre as partes que pode frear o crescimento da data”, diz.

Para Luiz Claudio Melo, diretor da 360° Varejo Consultores e Associados, esses eventos internacionais têm atraído brasileiros a descobrir oportunidades fora do país em um contexto de transferência de parte do consumo das vendas de final de ano, que antes eram concentradas em dezembro para novembro, com o advento da Black Friday.

A perspectiva de crescimento do consumo no período e o aumento de compras online feita por brasileiros – impulsionado com a descoberta do e-commerce pela geração prateada -, são outros fatores que podem explicar o investimento de companhias nessas datas. Apesar do cenário otimista, Melo acredita que, no curto prazo, o Festival Global de Compras vai demorar a causar grandes impactos no mercado nacional devido às taxações de produtos importados e a demora na entrega pela ausência de centros de distribuição desses e-commerces no país.

“São eventos que ocorrem em paralelo e crescem não só no Brasil, porém existem problemas importantes no ponto de vista da logística e possíveis mudanças de regras em relação ao frete que podem dificultar a popularização do Dia do Solteiro aqui”.

Fonte InfoMoney
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