Os Trajano comandam o Magazine Luiza

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O processo de sucessão no comando da Magazine Luiza, que começou a ser traçado cinco anos atrás, foi concluído. Dois membros da família Trajano vão ocupar os dois principais cargos da empresa.

Frederico Trajano, 39 anos, atual diretor executivo de operações, será o novo CEO partir de 1o de janeiro de 2016, no lugar do atual diretor-superintendente (CEO), Marcelo Silva. Luiza Helena Trajano, mãe de Frederico, deixará de ocupar o cargo de presidente da companhia para se tornar a presidente do conselho de administração, no lugar de um conselheiro independente. Ontem, as ações ordinárias da empresa fecharam o dia em alta de 5,6%, a R$ 10,99.

Hoje, o colegiado é presidido por Joaquim Castro Neto, que deixará a companhia. O conselho submeterá a mudança à assembleia geral de acionistas nas próximas semanas.

Silva, ex-Casas Pernambucanas e ex-Bompreço, será indicado para a vice-presidência do conselho de administração (posição antes ocupada por Luiza Helena). “Encerro minha carreira como executivo”, disse Silva. Ele será uma espécie de ponte entre o colegiado e o comando da operação, nas mãos de Frederico a partir do ano que vem.

Mudanças já eram aguardadas pelo mercado – a questão era determinar quando a decisão seria anunciada. Trajano já vinha ampliando sua presença dentro da rede antes mesmo da abertura de capital, em 2011. Na equipe liderada por Silva, ele teria sido preparado para ocupar a função, num processo de transição que levaria também a saída de Silva do comando.

Após o encontro com cerca de 1,4 mil funcionários da companhia, em São Paulo, neste fim de semana, cresceu a hipótese de vazamento das informações e isso levou a empresa a antecipar o anúncio, que se daria em algumas semanas. Apesar da ida de Luiza Helena para o conselho, a empresária deve continuar ativa em suas funções na rede. “Eu nem gostaria que ela se afastasse. O que ela faz, e faz muito bem, nas relações com cliente e também na ouvidoria, ela vai continuar fazendo, ao mesmo tempo que ficará presidindo o conselho”.

Questionado sobre o fato de filho e mãe estarem nas principais posições na empresa, e sobre a saída da operação de Silva, Frederico diz que vê vantagens numa sucessão familiar. “Já fui de achar que a empresa profissionalizada era o melhor. Mas já passei disso e hoje até prefiro empresas familiares, por causa de virtudes como gestão focada no longo prazo e habilidade de tomar risco. Você vê hoje profissionais de outras empresas frequentemente trocando comando e sem tomar risco. Não acreditamos nisso”, disse.

Fonte: Valor

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