Franquias incluem o Whatsapp no cotidiano profissional para estimular negócios

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Na semana passada, durante a 15ª Convenção ABF do Franchising, o portal iG conversou com quatro redes franqueadoras e observou quatro modelos distintos de uso do Whatsapp no mundo dos negócios:

Apenas mais um canal

Muito usado, mas somente para alguns assuntos. É dessa forma que a China House, rede de delivery e restaurantes especializada em culinária chinesa, utiliza o aplicativo. Há pouco mais de um ano, a franqueadora criou um grupo com os franqueados para discussões pertinentes a todos. “A vantagem é que o WhatsApp é imediato, mas usamos somente para coisas pequenas, que não sejam muito relevantes”, explica o diretor Jorge Torres.

O grupo é apenas uma terceira via de informes porque, na visão de Torres, tópicos mais sérios necessitam da seriedade que o bate-papo na tela do dispositivo não proporciona. “Tudo que é decidido, tudo que se vai implantar, é feito em reuniões. O aplicativo é mais para informar sobre promoções, enviar lembretes, esse tipo de coisa”, acrescenta.

Como meio oficial

Um caso completamente diferente é o da rede de escolas de idioma Yes!. Mais do que atendimento, o aplicativo foi responsável pela criação do conselho de franqueados. “Nós não tínhamos um conselho, mas foi criado o grupo com todo mundo e, a partir dali, tudo começou a ser posto em pauta de maneira coletiva”, afirma o presidente da franqueadora, Clodoaldo Nascimento. De acordo com ele, a plataforma permite que a rede se mostre 100% presente e que sejam evitados problemas com grande potencial de crescimento.

Espaço para debate franco

O Mercadão dos Óculos, rede especializada em óculos solares e de grau, entende o Whatsapp como uma forma de promover um debate com todos os setores da rede. Foi criado um grupo com 55 participantes, entre eles franqueados, diretores e consultores que prestam suporte 24 horas por dia para esclarecer e tirar dúvidas.

“Ali discutimos tudo e, às vezes, somos até sabatinados por problemas que acontecem”, diz Fábio Nadruz, diretor de marketing e operações da rede. A importância é tão grande que a integração ao grupo ocorre antes mesmo da operação no ponto de venda. “O novo franqueado é adicionado 72 horas antes de começar a operar. Assim ele já conhece como as demandas são feitas e como funciona o relacionamento entre franqueados e franqueadora”.

Horário comercial

A Maria Brasileira, rede especializada em serviços de limpeza e conservação de ambientes domésticos e empresariais, atua com o WhatsApp como ferramenta de suporte a franqueados e candidatos a abrirem uma nova franquia, mas apenas em horário comercial. Para o sócio fundador Felipe Buranello, essa é uma forma de oferecer mais um canal de comunicação. Fundamental, no entanto, é manter a medida de privacidade necessária para o bom funcionamento de qualquer negócio. Segundo o executivo, o modelo segue tendo ótimos resultados nos últimos dois meses, quando foram fechadas quatro novas unidades por meio do aplicativo.

De modo geral, as franqueadoras enxergam o uso massivo do WhatsApp como tendência. Todas elas têm tido uma grande aprovação do “novo” canal de comunicação. “Está sendo bom o retorno dos franqueados, porque a gente ganha na rapidez da resposta. Na outra ponta, também não tem aquela coisa de não ter recebido ou não ter lido a mensagem”, destaca Torres.

Outro aspecto que é consenso entre as redes é o contato com o cliente final. Essa postura não é praticada por nenhuma das quatro franqueadoras, que consideram o WhatsApp invasivo, não recomendando também que o franqueado faça o contato por meio da plataforma. “Sempre deixamos claro que o franqueado precisa ter uma postura defensiva, só fazer o contato por WhatsApp se assim for solicitado pelo cliente”, pondera Buranello.

Via O Negócio do Varejo

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