Vendas da Nestlé mantêm ritmo apesar da fraca economia

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As vendas da Nestlé têm crescido no ritmo anual de um dígito no Brasil nos últimos trimestres, resultado que a empresa considera positivo diante da fraqueza da economia, disse à Reuters o vice-presidente executivo do grupo para as Américas, Laurent Freixe, acrescentando que vê potencial para melhora no médio e longo prazos.

“Temos visto aumento de um dígito das vendas, o que é bom dentro do contexto”, disse Freixe. “É difícil fazer previsões. Mas acho que haverá um período de ajustes” na economia, declarou.

Ele evitou dar números precisos sobre o desempenho da operação brasileira. No primeiro semestre, segundo balanço da empresa, o faturamento da Nestlé nas Américas cresceu 6,6 por cento, num desempenho melhor que o resultado global que mostrou avanço de 4,5 por cento apoiado em reajustes de preços.

“A economia permanecerá pressionada, mas, no médio e longo prazos, há potencial (de crescimento)”, completou. O Brasil é o quarto maior mercado da Nestlé, depois de Estados Unidos, China e França.

Segundo Freixe, o mercado brasileiro está passando pelo mesmo fenômeno verificado na Europa durante a crise de 2009, quando houve maior demanda por produtos premium e também pelos mais baratos.

A crise, segundo o executivo, afeta mais os produtos intermediários, uma vez que os consumidores valorizam mais a relação entre custo e benefício.

Entre os exemplos de produtos premium da Nestlé estão o café em cápsulas Nescafé Dolce Gusto e a água Perrier. Entre os mais baratos estão o macarrão Maggi ou a linha de produtos lácteos Ideal. Já os intermediários incluem o achocolatado Nescau e biscoitos Passatempo.

“É interessante ver que algumas das nossas marcas mais bem sucedidas são marcas premium. É contraintuitivo mas, na crise, as pessoas buscam valor”, declarou.

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