Indústrias e varejo vão para queda de braço por reajustes

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Será especialmente atribulada a fase de negociações, que se inicia nas próximas semanas, entre o varejo e a indústria de bens de consumo para definição do volume de encomendas de fim de ano – período que chega a ser responsável por um terço das vendas anuais do comércio. A valorização do dólar e o movimento fraco no varejo serão dois elementos a mais na mesa de conversações.

Se, para a indústria, o dólar torna inevitável um movimento de repasse dos custos, para as maiores varejistas do país o consumo, que impediu quedas de estoques nas lojas, proíbe movimentos de reajustes das tabelas dos bens duráveis. Segundo Marcelo Silva, diretor-superintendente do Magazine Luiza, “a indústria sabe que o momento é de cautela, então não veio nenhum reajuste mais pesado até agora. Está tudo parado ainda”.

O movimento de reajuste de preços, porém, já começou. Fabricantes de papel-cartão pretendem reajustar a tabela de preços em até 14% a partir de 1º de outubro, segundo apurou o Valor. Demanda relativamente aquecida e sobretudo a pressão de custos com matéria-prima e mão de obra justificariam a correção dos valores atuais.

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