BRF vê alta de US$600 mi em faturamento após aquisições

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A BRF espera um crescimento de 600 milhões de dólares no faturamento de 2016 após aquisições anunciadas na terça-feira na Argentina, Reino Unido e Tailândia, afirmou o presidente-executivo da companhia de alimentos, Pedro Faria, nesta quarta-feira.

O executivo não deu detalhes sobre expectativas de sinergias ou lucro operacional por conta das aquisições recentes, mas afirmou que a BRF continua alavancagem baixa e atenta a novas oportunidades de compra de ativos no mundo.

As ações da empresa encerraram o dia em queda de 0,14 por cento, a 56,22 reais, enquanto o Ibovespa recuou 0,29 por cento.

A BRF encerrou o terceiro trimestre com receita líquida de 8,3 bilhões de reais, acumulando de janeiro a setembro 23,2 bilhões de reais, um crescimento de 10,9 por cento sobre os nove primeiros meses do ano passado.

Na noite da terça-feira, a maior exportadora de carne de frango do mundo anunciou a compra da tailandesa Golden Foods Siam por 360 milhões de dólares, incluindo os ativos da companhia na Tailândia e na Europa.

A empresa também comprou na Argentina, por 85 milhões de dólares, a controladora da Campo Austral, que tem operações integradas de porcos, e acertou acordo para compra da Universal Meals, no Reino Unido, por 34 milhões de libras esterlinas (51,2 milhões de dólares).

Segundo Faria, a compra na Argentina tornou a BRF a segunda maior empresa de suínos do país.

Com a Golden Foods Siam, a BRF reforça presença na Ásia com produção de cortes de frango de alto valor agregado e que é complementar aos produtos do grupo brasileiro. Já na Inglaterra, a aquisição da Universal Meals amplia a presença da empresa no segmento de serviços de alimentação, que tem entre clientes restaurantes independentes, além de ser grande destino das exportações da Golden Foods, disse o executivo.

Faria afirmou ainda que as aquisições permitirão à BRF dobrar o percentual de sua produção fora do Brasil de 4 para 8 por cento, em linha com o objetivo do grupo de aumentar essa fatia para 20 por cento nos próximos três anos.

O executivo não deu detalhes sobre as perspectivas de investimento da BRF em 2016 após as aquisições, mas afirmou que a intenção é continuar investindo crescentemente fora do Brasil.

Via Exame

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