O governador eleito do Ceará, Camilo Santana (PT-CE), disse nesta quarta-feira, 3, em entrevista à Rádio Estadão, que vai propor uma discussão para a volta da CPMF como forma de aumentar os recursos destinados à saúde pública no Brasil.
“Estamos querendo fazer uma discussão em nível nacional da necessidade do financiamento da saúde pública no Brasil”, afirmou o petista, que quer ver a discussão no Congresso Nacional ainda este ano.
“Como a CPMF era um imposto que já existia, resolvemos partir dela, mas mudando as regras. O que desvirtuou a CPMF foi que o governo utilizou recursos para outros fins, isso seria absolutamente proibido”, explicou o governador eleito.
Ele disse ainda que a perda do recurso, com o fim da CPMF decidido em 2007 pelo Congresso, dificulta a manutenção do sistema de saúde.
Segundo seus cálculos, em valores corrigidos, a perda chega a R$ 68 bilhões ao ano.
A proposta que será apresentada por Camilo Santana no próximo dia 9 de dezembro, em encontro com os governadores eleitos do Nordeste, estabelece as diferenças do atual projeto para o extinto imposto do cheque.