Expectativa de inflação favorece investidores

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A expectativa de que a inflação continue resistente nos próximos meses tem elevado o custo para o governo se financiar. Segundo especialistas, a probabilidade de que o Banco Central (BC) continue a elevar a taxa Selic – juros básicos da economia – para conter os preços é o principal fator que tem impulsionado as taxas dos títulos públicos.

Nas últimas semanas, os títulos prefixados de dez anos, um dos papéis ofertados pelo Tesouro com taxas mais altas, vem pagando juros de 13,2% ao ano, o maior nível desde fevereiro de 2010. A instabilidade levou o Tesouro Nacional a suspender a venda de títulos no Tesouro Direto e a fazer leilões de compra, quando o governo readquire os papéis dos aplicadores para fornecer um referencial para o mercado.

Por meio dos títulos públicos, o governo pega dinheiro emprestado dos investidores para honrar compromissos. Em troca, o Tesouro compromete-se a devolver os recursos com alguma correção, que pode seguir a taxa Selic, a inflação, o câmbio ou ser definida com antecedência no caso dos títulos prefixados. O Tesouro vende os papéis se concordar com as taxas pedidas pelo mercado.

Novos aumentos à vista

No caso dos títulos prefixados e corrigidos pela Selic, as taxas têm como referencial os juros básicos da economia. De acordo com o professor de estratégias empresariais Ricardo Teixeira, da Fundação Getulio Vargas (FGV), a preocupação de que a inflação permaneça alta em 2014 pressiona os juros dos títulos públicos por causa do aumento das chances de que o Banco Central promova novos aumentos na taxa Selic, atualmente em 10,5% ao ano.

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