Economistas apontam caminhos para destravar crescimento em 2015

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Em tempo de economia globalizada e mercados interligados, o Brasil tem crescido pouco (previsão de alta de 0,2% em 2014, segundo o Banco Central), parte por influência de problemas domésticos, parte pelas dificuldades impostas por um mundo que está capenga desde 2008, quando economias europeias e dos Estados Unidos derreteram.

A nova equipe econômica, mais ortodoxa e com os olhos mais voltados para os desejos do mercado financeiro, deu fôlego e esperança a quem via o segundo mandato de Dilma Rousseff de maneira absolutamente pessimista – em parte pelos gastos crescentes e manobras para fechar o Orçamento federal. A escolha de Joaquim Levy (conhecido por controlar gastos do governo, fazer ajuste fiscal e ser amigo do mercado), para o Ministério da Fazenda, em substituição a Guido Mantega, simboliza algo perto de uma trégua da oposição e dos pessimistas, pelo menos na economia.

O iG conversou com três economistas para saber o que deve ser feito para destravar o crescimento em 2015. De forma unânime, todos afirmaram que 2015 não deve trazer melhoras, mas servirá, se o governo conseguir aproveitar, para fazer a base positiva para 2016 e 2017.

Eles apontam que é preciso melhorar o ambiente de negócios e deixá-lo favorável para que o empresário volte a investir; equilibrar os elementos macroeconômicos (política fiscal em ordem, política cambial previsível, controle da inflação) e fazer reformas estruturais.

Também será preciso estabelecer um novo ambiente de decisões mais previsíveis com relação ao setor de infraestrutura, elétrico, saneamento. Só com isso teremos um grande interesse em investimento no País (portos, aeroportos, energia, rodovias). Destravar os investimentos nessas áreas criaria um cenário favorável.

Para pensar em 2015 com serenidade, o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, usa trecho de uma música de Paulinho da Viola: “Faça como o velho marinheiro, que durante o nevoeiro leva o barco devagar”. Via IG.

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