Brasil entra em recessão técnica no segundo trimestre

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A economia brasileira entrou em recessão, ao registrar dois trimestres consecutivos de contração. A queda acentuada do investimento e do consumo, num ambiente de instabilidade política, empurraram a atividade econômica do país para o pior desempenho desde o primeiro trimestre de 2009, mostram os números publicados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Depois de cair 0,7% nos três primeiros meses do ano em relação ao último trimestre de 2014, o Produto Interno Bruto (PIB) encolheu 1,9% em cadeia. Na comparação homóloga (com o segundo trimestre de 2014), a queda é mais expressiva, de 2,6%.

A entrada em recessão técnica acontece quando uma economia recua em cadeia durante dois trimestres consecutivos, como agora foi o caso do Brasil. No segundo trimestre do ano passado, a economia brasileira já tinha recuado1,1%, nos três meses seguintes praticamente estabilizou, registrando uma tímida subida de 0,1%, e nos últimos três meses do ano passado já não conseguiu crescer.

O investimento baixou 8,1% face ao primeiro trimestre, o consumo das famílias caiu 2,1%, enquanto o consumo público teve um crescimento de 0,7%. As altas taxas de juro – de 14,25%, neste momento – desincentivam fortemente o consumo. O investimento está a baixar pelo oitavo trimestre consecutivo. A queda de Abril a Junho face ao mesmo período do ano passado foi de 11,9%, a descida mais acentuada desde 1996.

A desaceleração do Brasil, considerada em 2014 a sétima maior economia do mundo, tem levado o Fundo Monetário Internacional e rever em abaixa as previsões de crescimento do país e já apontava para uma entrada em recessão. Em Julho, a instituição liderada por Christine Lagarde apontava para uma queda de 1,5% da economia. Mais pessimista é a previsão de economistas inquiridos pelo banco central do Brasil, que esperam uma contração anual de 2,06%.

As perspectivas de curto prazo para a América do Sul são baixas para as outras duas maiores potências regionais. O FMI também que, para além do Brasil, também a Argentina e a Venezuela estejam em queda.

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