APAS vê nona redução consecutiva da SELIC como esperada e crê em taxa de 6,75% ao final de 2017

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A Associação Paulista de Supermercados (APAS) avalia que a decisão do Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central do Brasil em reduzir os juros básicos da economia, a taxa SELIC, em 0,75 ponto percentual, passando de 8,25% ao ano para 7,5% ao ano sinaliza ao mercado a busca por uma retomada do crescimento econômico brasileiro no curto e médio prazo, mas com compromisso da estabilidade dos preços.

“A redução dos juros para 7,5% ao ano não foi surpresa para a APAS, isso porque a taxa de juros em queda reflete o quadro recessivo da economia ao longo dos últimos anos e visa a retomada da confiança dos empresários e consumidores, o que já se traduz nos primeiros sinais de recuperação em diversos setores”, avalia Rodrigo Mariano, Gerente de Economia e Pesquisa da APAS.

Ainda segundo Rodrigo, “o COPOM não pode perder a oportunidade em reduzir a taxa de juros, diante de um cenário de inflação estável e do quadro de recessão pelo qual passou a economia brasileira. As taxas de juros reais no Brasil ainda são muito elevadas e diante de uma inflação mais moderada, nada mais condizente com uma política de redução mais expressiva dos juros”.

Diante da redução da taxa de juros neste mês, a expectativa é de que haja a continuidade da redução da taxa básica de juro, de maneira mais lenta e gradual nas próximas reuniões. Assim, a APAS projeta uma taxa básica de juros (SELIC) para fim de 2017 em torno de 6,75% ao ano. Com este ritmo de queda a SELIC deve atingir a casa dos 6% ainda em 2018, e se manterá, em curto e médio prazo, abaixo de 8%, fato este que não é verificado desde a década de 50. Ou seja, é provável que teremos em breve, umas das menores taxas de juros dos últimos 60 anos.

Mas vale ressaltar que este é somente um dos fatores importantes para uma retomada dos investimentos de modo mais sustentável. Isso porque a confiança dos empresários e consumidores dependem de outras variáveis que não somente a taxa de juros, como emprego, renda, e ainda, ações estruturais, como reforma da previdência e reformas tributárias, que impactam na produtividade da economia brasileira.

Para Rodrigo Mariano, “a tão esperada retomada da economia brasileira passa pela melhora no ambiente político, que favoreça a confiança e o otimismo dos empresários e consumidores, que diante da redução de juros teriam condições para recomeçar seus projetos de investimento e consumo”.

É importante lembrar que a redução de juros tem efeito defasado no tempo, portanto, a redução de juros daqui em diante surtirá efeitos até o início de 2018, e isso está alinhado às expectativas de melhora no ambiente econômico e de negócios.

“O grande desafio é que a redução da taxa SELIC possa se disseminar para as demais taxas de juros praticadas no mercado, que atinge a maior parcela da população e das empresas, como o CDC (Crédito Direto ao Consumido), crédito rotativo do cartão de crédito, cheque especial, crédito consignado, capital de giro, desconto de duplicatas, entre outros”, concluiu Rodrigo Mariano.

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