Brasileiros retomam confiança no mercado de trabalho, aponta pesquisa da Randstad

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Após sofrer queda de 9 pontos no terceiro trimestre de 2018, o Índice de Mobilidade do Brasil, medida que analisa a confiança do profissional e sua probabilidade de mudança de emprego nos próximos seis meses, apresentou alta de 8 pontos, atingindo a pontuação total 125. O índice é parte da pesquisa trimestral WorkMonitor, realizada pela Randstad, líder global em soluções de recursos humanos.

Para Toni Camargo, diretor da Randstad Staffing, a recuperação já era esperada com a definição das eleições. “É natural que o mercado fique otimista no início de um novo governo. O mesmo aconteceu em 2015, quando a pontuação do Brasil era altíssima devido ao pleno emprego, e se manteve nos primeiros meses após a reeleição do governo anterior. Só começamos a observar queda quando a população começou a sentir a crise”, explica. De acordo com o especialista, a tendência é que o índice mantenha o patamar atual até, pelo menos, o segundo trimestre do ano.

Do segundo semestre em diante, a confiança dos brasileiros deve acompanhar o cenário econômico do País. “O governo tem pautas polêmicas para aprovar e que são esperadas pelo mercado. Dependendo do que acontecer e se o cenário desenhado por economistas se confirmar, prevemos um aumento de 10 pontos no Índice de Mobilidade, chegando próximo aos números de 2015”, explica. Entre os setores que devem puxar as contratações e movimentar todo o ecossistema, Camargo aposta na indústria automotiva, que já vem mostrando boa recuperação.

Mudança de emprego em 2018

A pesquisa também aponta que 75% dos brasileiros não mudaram de cargo e nem de empresa nos últimos seis meses do ano. Entre os que optaram pela mudança, 15% mudaram de empresa mantendo o cargo, 6% foram promovidos dentro da empresa; e 4% mudaram de empresa e de cargo.

Quando o assunto é a procura por novas colocações em 2019, os dados do relatório revelam que 30% dos profissionais são talentos passivos – não estão procurando vagas ativamente, mas avaliariam boas propostas recebidas – enquanto 24% estão procurando ativamente e outros 43% não estão interessados na busca no momento.

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