As piores respostas para perguntas comuns em entrevistas de empregos

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Evitar a tensão que ronda uma entrevista de emprego é quase impossível e os recrutadores sabem bem disso, por isso geralmente até deixam passar uma outra escorregada por parte dos candidatos. Mas até em situações de nervoso, algumas respostas que são imperdoáveis.

Para não correr o risco, confira as dicas elaboradas pela revista Fast Company com a ajuda de recrutadores e descubra o que um candidato não deve dizer jamais em uma entrevista.

“Me conte sobre você”

Essa é uma pergunta clássica que, normalmente, inicia muitas entrevistas de emprego – e acaba dando o tom para o resto da conversa. Lembre-se, porém, que as empresas esperam respostas diretas, interessantes e mais suscintas. Ou seja, ninguém está ali para ouvir toda a história da sua vida.

Segundo Chandler Bolt, fundador e CEO da empresa de treinamento on-line Self-Publishing School, muitos candidatos erram ao deixar essa pergunta tomar conta da entrevista toda. Michele Mavi, diretora de desenvolvimento de conteúdo, recrutamento interno e treinamento para a agência de contratação Atrium Staffing, concorda. Em um artigo publicado pela Fast Company, ela disse: “Como é uma questão muito ampla e aberta, os candidatos estão propensos a falar sobre suas carreiras em termos abrangentes, repetindo o que já consta de seus currículos”.

Kathleen Steffey, CEO da Naviga Recruiting & Executive Search, contou que certa vez um candidato disse a ela: “Estou tentando descobrir o que eu realmente quero fazer e sua vaga chamou minha atenção.” Ed Mitzen, fundador da Fingerpaint, relatou uma resposta curiosa, que também acendeu o sinal de alerta durante a conversa. “Não sou uma pessoa muito pontual, então se você estiver procurando por alguém que esteja aqui exatamente às 8h30 todos os dias, provavelmente não sou a pessoa certa”.

“Por que você quer essa posição?”

Muitas respostas para essa questão incluem candidatos admitindo que estão desesperados por qualquer emprego e que não sabem exatamente quais tarefas teriam de desempenhar naquela vaga. Annie Boneta, chefe de talento da AutoGravity, entrevistou um candidato que respondeu: “Depois que me formei, resolvi fazer um mochilão pela Europa por alguns meses. No quinto mês, meus pais me ligaram e disseram que eu precisava conseguir um emprego e é por isso que decidi entrar em contato com você”. Hein?

“Por que você quer trabalhar nesta empresa?”

Muitos candidatos acabam com suas chances de conseguir a vaga ao dizer que não sabem muito (quase nada) sobre a empresa. Já outros, segundo Sung Hae Kim, vice-presidente de operações de pessoal da Wizeline, tentam inverter a questão, dizendo algo como: “Eu não sei, conte-me você porque eu devo trabalhar para esta empresa”.

Muitos recrutadores contam que candidatos costumam arruinar a entrevista ao mencionar, muitas vezes, o salário, os benefícios e o prestigio da empresa como sua principal motivação para trabalhar ali. O que, para o empregador, deixa claro que se no futuro ele receber uma oferta para ganhar mais, não vai pensar duas vezes – já que não é motivado pela paixão ou pelo desafio.

O diretor da RETS Associates, Kent Elliot, disse que um candidato chegou a lhe dizer que o principal motivo dele querer trabalhar em sua empresa era o fato de existir ali uma mesa de pingue-pongue.

Já para o fundador e CEO da LaSalle Network, Tom Gimbel, a pior resposta que ele recebeu para essa pergunta foi a seguinte: “Não tenho certeza de que estou interessado na vaga porque não posso trazer meu cachorro para o trabalho”.

“Onde você se vê em cinco anos?”

Os recrutadores têm opiniões diferentes sobre o que seria uma resposta ruim para essa pergunta. Tawanda Johnson, presidente da consultoria de RH RKL Resources, contou que a pior resposta que já ouviu foi: “Eu ainda não pensei tão longe”.

Katie Sanders, chefe de conteúdo e comunicações da Jopwell, disse que um candidato respondeu uma vez que ele esperava “dirigir esta empresa ou uma como essa”, uma resposta que Mitzen e Gimbel também ouviram em entrevistas. Gimbel enfatizou que para ele não existe uma resposta ruim para essa questão, mas ele admite que quando um candidato diz que seu objetivo é dirigir sua própria empresa, ele se espanta. “Isso me faz pensar, será que eles vão sair daqui dois ou quatro anos?”

“Qual é a sua maior fraqueza?”

Tawanda Johnson e Annie Boneta ouviram candidatos dizer que tinham problemas de temperamento, um sinal vermelho para muitos empregadores. Mas o que irrita mesmo os recrutadores é quando uma pessoa coloca suas fraquezas como pontos fortes, como “Eu sou perfeccionista” ou “Eu trabalho demais”.

Uma vez, um candidato entrevistado por Boneta respondeu: “Minha maior fraqueza é que eu tenho muitos pontos fortes”. Jura?

“Você tem alguma pergunta para mim?”

A resposta para essa pergunta foi unânime: os recrutadores acreditam que um dos maiores pecados é não ter dúvidas ao final da entrevista. Para eles, a ausência de perguntas se traduz em desinteresse, o que pode ser entendido como falta de compromisso com a vaga. Johnson acredita que cada candidato deve fazer pelo menos uma ou duas perguntas ao fim da conversa para mostrar interesse pelo trabalho, deixar claro que se interessa por desafios e que quer aprender e crescer na companhia.
Fonte Época Negócios
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