4 dicas para quem busca financiamento de franquias

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Neste mês, o Sebrae anunciou R$ 25 milhões para o banco Bradesco utilizar como garantia em empréstimos feitos pelos pequenos negócios. O Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe) poderá ser usado também para financiar franquias tendo o Sebrae como avalista. “Quando o banco se aproxima da franqueadora, ele entende melhor o negócio e consegue mexer em taxa de juros, carência, linhas específicas de crédito e prazos de pagamento”, diz Claudio Tieghi, diretor de inteligência de mercado da ABF.

O financiamento aproxima o empreendedor do sonho da franquia, mas assim como outros empréstimos, precisa ser feito com cautela. “Ele precisa fazer muita conta e com a ajuda do franqueador analisar o que dá para pagar de juros. Os juros estão subindo e tendem a subir mais, até porque faz parte da política de ajuste que o governo federal está fazendo. No passado, gente que pegou dinheiro emprestado teve problemas sérios em período recessivos, de queda de vendas”, afirma Marcelo Cherto, presidente da Cherto Consultoria.

Para Diego Simioni, sócio-fundador da Goakira, o empreendedor deve fazer um planejamento no curto e no longo prazo neste momento. “Ele precisa fazer essa conta para saber se tem caixa para se sustentar”, diz. Confira as dicas dos especialistas antes de pegar um financiamento para franquias.

1. Seja pessimista
Na hora de fazer a viabilidade financeira da franquia, projete cenários mais pessimistas, principalmente se buscar financiamento. “Não seja otimista em relação a faturamento e resultados. Momento de crise é momento de tomar ainda mais cuidado”, diz Cherto.

2. Procure a linha ideal
Alguns bancos firmam parcerias com franqueadoras para oferecer linhas de crédito para os novos franqueados. Geralmente, nesses casos, existem condições especiais. “O cuidado é buscar linhas de crédito que sejam provenientes de bancos com os quais a franqueadora tenha acordos e parcerias”, afirma Tieghi. Vale a pena conferir se a linha oferecida na parceria é a melhor para a necessidade. Se o empresário precisa de crédito para informática ou maquinário, o ideal é buscar financiamento focado nestes produtos.

3. Não financie mais do que 30% do investimento inicial
Os especialistas recomendam que o empréstimo não ultrapasse 30% do investimento inicial. “Quanto menos você pegar, melhor. Acho que 30% é um bom teto”, diz Cherto. Segundo Simioni, o financiamento é viável desde que seja feito com parcimônia. “As pessoas estão buscando como uma alternativa de comprar o próprio emprego. Quando financia muito, o valor de juros e amortização acaba inviabilizando o negócio”.

4. Entenda as condições
Antes de fechar negócio, pesquise as condições do financiamento. Prazo e carência são pontos importantes. “Muito focam demais na taxa de juros e se esquecem de ver o prazo e se existem outros custos, taxas que parecem desprezíveis, mas não são”, diz Cherto. O melhor cenário é ter um período de carência, para poder ter fôlego nos primeiros meses de operação. “Se tem carência de 12 meses, não precisa se preocupar em pagar justo quando está começando a faturar”, afirma Simioni. Fonte: Revista PEGN

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