Uso de tecnologias de voz pelo consumidor ultrapassa 50% na América Latina

Estudo recente revela a disseminação e o impacto da tecnologia de ativação por voz na América Latina. Realizado pela iPro 51% dos usuários de smartphones utilizam assistentes digitais com este recurso (49% deles no Brasil), sendo que os latino-americanos realizam 46% mais buscas por voz em aparelhos móveis do que a média mundial. Ospect, ele sucede outras pesquisas com escopo semelhante feitas na América do Norte, Europa e Ásia. Foi embasado em mais de 4 mil entrevistas online no México, Brasil, Colômbia, Argentina e Chile, e uma de suas principais conclusões foi a penetração da tecnologia de voz na região: superou os 50%.

Tecnologias de voz no smartphone

Notou-se também que 51% dos usuários de smartphones utilizam assistentes digitais com este recurso (49% deles no Brasil), sendo que os latino-americanos realizam 46% mais buscas por voz em aparelhos móveis do que a média mundial. O uso também é intenso com 28% dos entrevistados acessando recursos de voz pelo menos uma vez ao dia — 27% a mais dos que os usuários norte-americanos. As motivações principais sustentadas pelos consumidores são que o uso de recursos de voz é mais rápido (86%) e fácil (50%) do que digitar. Além da maior conveniência enquanto não se pode ler ou digitar (45%) e a eficiência (36%).

“Embora o desejo por assistentes virtuais domésticos seja grande, o maior vetor desta tecnologia na América Latina são os smartphones, cuja penetração na região chega aos 70%. Além disso, é uma questão de tempo até as plataformas buscarem maneiras de monetizar este processo. As marcas devem se apressar para realizar seus primeiros testes e se estabelecer neste novo ambiente com menores custos”, afirmou Bruno Mosconi, diretor geral da iProspect Brasil.

Motivações

O estudo indicou ainda mudanças de comportamento em termos de como, quando e por qual razão e dispositivo o consumidor realiza suas buscas. Segundo o Gartner, até 2020, 50% de todas as buscas nos celulares serão acionadas por voz. A América Latina está chegando perto dessa estimativa, com uma média de 45% de todas as pesquisas feitas por voz. No Brasil, esta taxa é de 41%. “Neste cenário, o conteúdo do site não se trata mais de palavras-chave, mas sobre pesquisas semânticas. Isso demonstra a importância de as marcas otimizarem seu SEO para o ‘rank zero’. Ou seja, a melhor resposta orgânica de áudio única para uma pesquisa de voz”, explica Bruno Mosconi.

Quando e como ocorrem as pesquisas

O recurso de voz fez com que o momento de busca ganhasse novos contornos. Há grande participação de pesquisas enquanto se dirige (56%), na cama (55%), vendo TV (55%) e até enquanto cozinha (52%) e trabalha (48%). A razão para o acionamento por voz é ampla e vem crescendo à medida que a tecnologia se aprofunda. Atualmente, o estudo indica que as principais razões são:

• buscar informação comercial (78%);
• contato de restaurante (75%);
• orientações geográficas (64%);
• ligar ou mandar mensagem para alguém (64%);
• Notícias (60%), dentre outros.

Assistentes de voz

Por fim, apesar dos níveis mais baixos de adoção em comparação com os EUA, a América Latina já possui 27% dos consumidores com algum assistente digital doméstico e 70% declaram desejar um.

Alguns fatores são importantes na adaptação das marcas a este cenário, aponta o estudo:

• Basear as estratégias em dados, de forma a entender efetivamente o que o cliente este buscando e qual é sua jornada de compra.
• Deixar os conteúdos de marca adequados para interações de voz.
• Entender que novas experiências das marcas requerem novas estratégias de usabilidade. Envolvem questões como a velocidade de carregamento de sites para dispositivos móveis; adaptabilidade do conteúdo para voz; geolocalização de informações; e provimento de serviços e tarefas via comandos de voz.