Lala confirma conclusão da aquisição da Vigor

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A mexicana Lala informou, em comunicado, que finalizou a aquisição de 99,9% das ações da Vigor Alimentos e de 50% das ações da Itambé Alimentos, por um “valor implícito” de R$ 5,025 bilhões. O negócio foi fechado com a holding dos irmãos Joesley e Wesley Batista (J&F), que controlava a Vigor e tem participação majoritária na JBS.

A mexicana agora aguarda que a Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (CCPR) exerça seu direito de preferência para adquirir a citada fatia de 50% da Itambé, que pertencia à Vigor.

Se a compra se confirmar, o “valor implícito” do negócio da Lala com a Vigor cairá para R$ 4.325 bilhões. Os outros 50% da Itambé já pertencem à CCPR. A cooperativa mineira protocolou a aquisição dos 50$ da Itambé no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) na última sexta-feira, mas vem encontrando dificuldades para fechar o financiamento para fazer o depósito.

Segundo a Lala, a transação foi financiada com um crédito ponte dos bancos JP Morgan, BBVA Bancomer e Santander, e o refinanciamento desse empréstimo-ponte será feito por meio de emissão de dívida de longo prazo e, possivelmente, também com emissão de bônus.

No comunicado que divulgoou, a Lala destaca que a Vigor conta com mais de 3,9 mil funcionários, três centros de recebimento de leite, nove plantas de produção e 19 centros de distribuição. A receita da empresa brasileira de lácteos deverá alcançar R$ 2,4 bilhões em 2017.

Na esteira do negócio entre Lala e J&F, a JBS também informou que concluiu hoje a alienação de sua participação acionária de 19,43% na Vigor para a empresa mexicana, por R$ 1,1 bilhão (“enterprise value”), dos quais receberá R$ 786 milhões (equity value”).

“A JBS pretende utilizar parte dos recursos obtidos com a operação para amortizar, extraordinariamente, a dívida sujeita ao Acordo de Estabilização (firmando com bancos no Brasil), afirma comunicado assinado por Jerry O’Callaghan, diretor de relações com investidores e presidente do conselho de administração da companhia.

 

Fonte Valor Econômico
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