Troca no comando do Makro foi motivado por insatisfação de resultados

A rede de atacado Makro mudou de presidente no país, com a saída de Roger Laughlin do cargo na semana passada. Segundo apuração da reportagem do jornal Valor Econômico, a mudança foi motivada por insatisfação da matriz holandesa com os resultados no Brasil.

O novo presidente é o francês David Poussier, ex-presidente da rede no Peru, que estava há três meses na subsidiária brasileira, numa fase de “transição” no comando e que trabalha na rede desde 1999.

Laughlin esteve cinco anos na função, entre janeiro de 2010 e janeiro de 2015. As vendas passaram de R$ 5,25 bilhões, em 2010, para R$ 7,5 bilhões em 2014. A taxa de expansão média de 12% ao ano está acima do apurado no segmento de atacado de alimentos e bebidas, mas está abaixo do mercado de “atacarejo”, com concorrência direta para o negócio do Makro.

Segundo dados prévios que circulam no setor, o Makro já teria perdido a posição de segundo colocado no ranking geral do segmento de atacado e “atacarejo” em 2014. O Assaí, do Grupo Pão de Açúcar, fechou o ano passado com vendas líquidas de R$ 8,3 bilhões, expansão de 32,7% em relação ao ano anterior. Com isso, deve passar a ocupar a segunda colocação, à frente do Makro.

A rede de “atacarejo” do GPA chegou a dezembro com 84 lojas. O Makro, com 78. A subsidiária brasileira do Makro, com receita líquida estimada na faixa de R$ 7,5 bilhões em 2014, deve ficar na terceira posição. Em 2013, o Makro apurou receita de R$ 6,8 bilhões e o Assaí, de R$ 6,2 bilhões.

O Atacadão, do Carrefour, é atual líder no mercado de “atacarejo”, com pouco mais de 100 lojas no País e receita líquida anual superior a R$ 15 bilhões, segundo cálculos do setor. Cerca de 60% das vendas do grupo Carrefour no Brasil ao ano referem-se ao Atacadão.

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