O WhatsApp está matando o e-commerce?

Os grandes e-commerces do Brasil acreditavam numa verdade que não existe mais. A verdade é que valia a pena investir muito e ter uma base grande de clientes e que com isso ele passaria a ter um valor de mercado gigante, fazendo investidores e e-commerces maiores terem muito interessante em comprar esta base de dados.

O problema é que com o crescimento do WhatsApp o valor do e-mail pessoal está cada vez menor: as pessoas estão usando muito pouco seus próprios e-mails. Em muitos casos, as pessoas agora usam o e-mail meramente para o cadastro, raramente entrando novamente. E o pior: quando entram percebem que sua caixa de entrada está cheia de informativos comerciais e poucos e-mails de amigos, pois estas mensagens foram transferidas para o WhatsApp.

Não tem praticamente nenhum dos grandes e-commerces do Brasil que dão realmente lucro. O custo de marketing em muitos casos é maior até que o faturamento e para piorar o valor deste cliente está ficando cada vez menor, pois está cada vez mais complicado monetizar este cliente pelo modo mais barato que seria o e-mail, além de serem cada vez menos fiéis a marca.

Se os e-commerces não perceberem que as estratégias para qual se planejaram e os investidores colocaram dinheiro (e muito dinheiro) não funcionam na nova realidade, vamos ter uma nova bolha. Para mim ela está bem mais perto que todos imaginam.

Felipe Wasserman é CEO da PetiteBox, o maior clube de assinatura para bebês e mães no Brasil, além de ser parceiro/co-fundador de startups, incluindo Babuxca e Esthetic Green.

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