Com os preços represados desde o início de 2013, os Correios querem reajustar tarifas postais em 9,3%, em média. O aumento, em análise no Ministério da Fazenda, abrange os serviços que são monopólio da empresa, como a entrega de cartas e telegramas. Em maio, a estatal também pretende reajustar os preços para entregar encomendas, serviço no qual concorre com empresas privadas. Estas não veem espaço, agora, para reajustes.
O último aumento dos Correios para encomendas expressas – aposta da estatal nos últimos anos – foi feito em maio de 2014, quando os preços subiram 7,22%. Nesse mercado, em que a estatal enfrenta a concorrência de outras empresas, o aumento não depende de aval da equipe econômica.
Na visão de Sousa Jr, o reajuste planejado pelos Correios deve fazer com que parte de clientes do comércio eletrônico, por exemplo, migre para o setor privado.
“Podemos ganhar um pouco mais de escala. E isso pode compensar margens mais apertadas. O transportador privado vai carregar mais o veículo, vai ocupar mais um pouco a frota. Mas ainda haverá alguns casos de empresa que vai ter que aumentar [as tarifas] para não trabalhar no prejuízo”.