A greve dos caminhoneiros que parou o Brasil por 11 dias em maio derrubou a confian\u00e7a do setor de varejo. Apurado pela Confedera\u00e7\u00e3o Nacional do Com\u00e9rcio de Bens, Servi\u00e7os e Turismo (CNC), o \u00cdndice de Confian\u00e7a do Empres\u00e1rio do Com\u00e9rcio recuou para 109 pontos em junho, o que representa uma queda de 3,5% frente a maio. Essa \u00e9 a maior varia\u00e7\u00e3o negativa desde agosto de 2015, quando o indicador encolheu 4,7%. J\u00e1 na compara\u00e7\u00e3o com o mesmo per\u00edodo de 2017, o dado apurou um aumento de 6,9%.A pesquisa mostra que a greve dos caminhoneiros comprometeu a percep\u00e7\u00e3o dos varejistas em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 economia nas condi\u00e7\u00f5es correntes.<\/p>\n
Este sub\u00edndice teve uma redu\u00e7\u00e3o de 8,1% de maio para junho – maior retra\u00e7\u00e3o registrada nesse quesito desde novembro de 2015. Na opini\u00e3o de 62,3% dos entrevistados, houve piora no cen\u00e1rio econ\u00f4mico.”Inevitavelmente, as paralisa\u00e7\u00f5es de maio afetaram de forma negativa a confian\u00e7a dos empres\u00e1rios do com\u00e9rcio. Com esse resultado, a percep\u00e7\u00e3o dos varejistas apresentou o maior recuo mensal em quase tr\u00eas anos”, afirma Fabio Bentes, chefe da Divis\u00e3o Econ\u00f4mica da CNC.<\/p>\n
O desempenho futuro da economia tamb\u00e9m puxou para baixo o componente que mede as expectativas dos comerciantes, que, apesar de seguir na zona positiva, com 148,8 pontos, registrou um recuo de 3,9% na varia\u00e7\u00e3o mensal. A reavalia\u00e7\u00e3o dos varejistas em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 economia acarretou uma queda de 5,5% na compara\u00e7\u00e3o com maio – a maior em quase tr\u00eas anos (-5,6% na passagem de junho para julho de 2015).J\u00e1 na compara\u00e7\u00e3o anual, o indicador apresentou alta de 1,7%. O desempenho positivo sugere expectativas melhores tanto para a economia quanto para o com\u00e9rcio em 2018. Recentemente, a CNC projetou uma alta de 5% para o volume de vendas do varejo ampliado em 2018.<\/p>\n
Em rela\u00e7\u00e3o ao PIB, a entidade tamb\u00e9m ajustou sua previs\u00e3o de crescimento de 2,6% para 2,1%.Entre os tr\u00eas sub\u00edndices que avaliam as condi\u00e7\u00f5es de investimento do com\u00e9rcio, a contrata\u00e7\u00e3o de funcion\u00e1rios foi a mais afetada pela greve dos caminhoneiros, com redu\u00e7\u00e3o de 1,8% na compara\u00e7\u00e3o mensal. Apesar desse recuo, o indicador segue no campo positivo com 113,7 pontos e alta de 8,7% na compara\u00e7\u00e3o com junho de 2017.Em rela\u00e7\u00e3o aos estoques, ap\u00f3s o fim da crise de desabastecimento causada pela greve dos caminhoneiros, levantamento da CNC apontou que 15,2% dos varejistas brasileiros ainda consideram o n\u00edvel abaixo do adequado. Nos tr\u00eas meses anteriores \u00e0 paralisa\u00e7\u00e3o, esse indicador foi em m\u00e9dia de 13,8%.<\/p>\n
ntre os varejistas especializados em bens de consumo n\u00e3o dur\u00e1veis, a CNC avalia que os estoques j\u00e1 se encontram praticamente normalizados. J\u00e1 no varejo de bens de consumo n\u00e3o dur\u00e1veis, a sensa\u00e7\u00e3o de desabastecimento \u00e9 mais persistente, apontada por 17,2% dos entrevistados.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Paralisa\u00e7\u00e3o comprometeu percep\u00e7\u00e3o de varejistas sobre cen\u00e1rio econ\u00f4mico atual, mas \u00edndice melhorou ante 2017<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":65706,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"content-type":""},"categories":[96],"tags":[1284,19024],"yoast_head":"\n