{"id":65606,"date":"2018-03-27T13:02:48","date_gmt":"2018-03-27T15:02:48","guid":{"rendered":"https:\/\/newtrade.com.br\/?p=65606"},"modified":"2018-03-27T13:33:58","modified_gmt":"2018-03-27T15:33:58","slug":"credito-corporativo-tem-folego-mas-alivio-de-calotes-e-juros-fica-para-2019","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/newtrade.com.br\/economia\/credito-corporativo-tem-folego-mas-alivio-de-calotes-e-juros-fica-para-2019\/","title":{"rendered":"Cr\u00e9dito corporativo tem f\u00f4lego, mas al\u00edvio de calotes e juros fica para 2019"},"content":{"rendered":"
A queda de 37,2% no uso do rotativo e parcelado do cart\u00e3o de cr\u00e9dito pelas empresas sinaliza tend\u00eancia de melhora no setor privado. As incertezas pol\u00edticas e avan\u00e7o no mercado de capitais, por\u00e9m, adiam recuos mais expressivos nos juros e calotes para 2019.<\/p>\n
Os \u00faltimos dados do Banco Central (BC), divulgados ontem, apontam que o uso do rotativo e do parcelado do cart\u00e3o ficaram em R$ 932 milh\u00f5es em fevereiro deste ano, contra os R$ 1,486 bilh\u00e3o vistos em igual m\u00eas de 2017. O uso do pl\u00e1stico \u00e0 vista, por sua vez, aumentou 43,7% na mesma rela\u00e7\u00e3o, saindo de R$ 2,697 bilh\u00f5es para um total de R$ 3,878 bilh\u00f5es.<\/p>\n
\u201cExatamente pela rotatividade, o cart\u00e3o de cr\u00e9dito \u00e9 um dinheiro mais f\u00e1cil de obter. E quanto mais facilidade, mais caro. Se o uso desse meio diminuiu \u00e9 um sinal positivo de que a adimpl\u00eancia est\u00e1 se tornando realidade\u201d, explica o economista e professor da Escola de Economia de S\u00e3o Paulo da Funda\u00e7\u00e3o Get\u00falio Vargas (EESP\/FGV) Alberto Ajzental.<\/p>\n
Ainda segundo os dados do BC a inadimpl\u00eancia da modalidade ficou em 10,1% no m\u00eas passado, queda de 6,2 pontos percentuais em rela\u00e7\u00e3o ao mesmo m\u00eas de 2017, quando marcava 16,3%. Para o professor da Saint Paul Escola de Neg\u00f3cios Maur\u00edcio Godoi, o movimento acaba sendo natural em um cen\u00e1rio em que as empresas conseguem gerenciar melhor seu fluxo de caixa.<\/p>\n
\u201cAntes, as empresas precisavam do cart\u00e3o de cr\u00e9dito para financiar a pr\u00f3pria produ\u00e7\u00e3o. Agora, \u00e9 um novo cen\u00e1rio econ\u00f4mico e de mercado que vivemos e isso faz com que os bancos permitam uma tend\u00eancia melhor nas concess\u00f5es e na redu\u00e7\u00e3o dos juros para companhias\u201d, explica.<\/p>\n
Os juros da modalidade, por\u00e9m, ainda s\u00e3o altos. Em fevereiro, o rotativo ficou em 310,6% ao ano (a.a.), mesmo com queda de 60,1 pontos percentuais (p.p.) ante igual m\u00eas de 2017 (370,7% a.a.). J\u00e1 o parcelado do cart\u00e3o, no entanto, mostrou alta de 109,2 p.p. na mesma compara\u00e7\u00e3o, de 37,5% a.a. para 146,7% a.a.<\/p>\n
\u201cO avan\u00e7o ainda depende do n\u00edvel de surpresa das elei\u00e7\u00f5es deste ano\u201d, complementa Godoi, refor\u00e7ando que, com o atual ambiente fiscal e pol\u00edtico, a ideia \u00e9 que a migra\u00e7\u00e3o se alterne entre capital de giro e antecipa\u00e7\u00e3o de receb\u00edveis.<\/p>\n
\u201cAs empresas come\u00e7am a sair de linhas mais caras e migrar para outras modalidades mais seguras. A expectativa \u00e9 que neste semestre, vejamos um movimento maior de capital de giro \u2013 com maior risco \u2013 e, a partir de julho, o foco volte a ser antecipa\u00e7\u00e3o de receb\u00edveis\u201d, avalia o especialista.<\/p>\n
Em rela\u00e7\u00e3o \u00e0s concess\u00f5es, as linhas de antecipa\u00e7\u00e3o de faturas de cart\u00e3o e desconto de duplicatas cresceram 142% e 33,7%, para R$ 10,3 bilh\u00f5es e R$ 19,302 bilh\u00f5es, respectivamente em fevereiro contra igual m\u00eas de 2017. Capital de giro, por sua vez, recuou 0,24%, para R$ 10,875 bilh\u00f5es.<\/p>\n
Ao mesmo tempo, os especialistas ponderam a concorr\u00eancia do mercado de capitais como algo que tamb\u00e9m influencie no mercado de cr\u00e9dito em 2018. Segundo o professor de finan\u00e7as do Labfin da Funda\u00e7\u00e3o Instituto de Administra\u00e7\u00e3o (FIA) Marcos Piellusch, com o \u201cano bastante incerto\u201d, bancos e tomadores s\u00f3 assumir\u00e3o riscos maiores se \u201cas condi\u00e7\u00f5es se mostrarem mais est\u00e1veis\u201d. \u201cE isso vale n\u00e3o apenas para o mercado de cr\u00e9dito, mas tamb\u00e9m para o de capitais\u201d, pontua o professor.<\/p>\n
Ele comenta, ainda, que mesmo que o atual momento \u201cdificulte o processo de retomada\u201d, a partir de uma defini\u00e7\u00e3o pol\u00edtica e fiscal, o ambiente deve melhorar. \u201c\u00c9 tudo uma quest\u00e3o de humor e confian\u00e7a para que mais recursos via investimentos entre. Esse segmento, inclusive, pode crescer mais e em maior velocidade do que o cr\u00e9dito, principalmente a partir de 2019\u201d, conclui.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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