{"id":64489,"date":"2018-02-23T09:23:02","date_gmt":"2018-02-23T11:23:02","guid":{"rendered":"https:\/\/newtrade.com.br\/?p=64489"},"modified":"2018-02-23T09:23:02","modified_gmt":"2018-02-23T11:23:02","slug":"no-pos-crise-retomada-do-consumo-e-desigual","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/newtrade.com.br\/varejo\/no-pos-crise-retomada-do-consumo-e-desigual\/","title":{"rendered":"No p\u00f3s-crise, a retomada do consumo \u00e9 desigual"},"content":{"rendered":"
Enfim o Brasil sai da recess\u00e3o\u2026 Em relat\u00f3rio recente divulgado pelo Banco Central, a economia brasileira cresceu em 2017 o suficiente para sair da recess\u00e3o. Os n\u00fameros indicaram aumento de 1,04% na compara\u00e7\u00e3o com 2016. Segundo estudo recente da consultoria Tend\u00eancias, publicado recentemente pela revista Exame, o Brasil dever\u00e1 crescer 2,8% no PIB em 2018. Mas, infelizmente, nem todos os estados da federa\u00e7\u00e3o podem dizer isto. De fato, as diferen\u00e7as regionais evidenciam aqueles que oferecem ambiente mais favor\u00e1vel para investimentos e onde o capital privado \u00e9 mais importante, daqueles que dependem mais do setor p\u00fablico na sua economia.<\/p>\n
Este estudo revela que apenas um ter\u00e7o dos estados conseguir\u00e1 recuperar plenamente, at\u00e9 o final do ano, as perdas acumuladas desde 2014. Mas alguns estados est\u00e3o em situa\u00e7\u00e3o agravada por conta da derrocada dos seus principais impulsionadores do passado. Casos como o do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Pernambuco s\u00e3o os exemplos mais complexos. No caso do Rio, uma tr\u00e1gica combina\u00e7\u00e3o de fatores, que v\u00e3o desde os altos investimentos dos jogos ol\u00edmpicos, uma crise politica sem precedentes, o descontrole dos gastos p\u00fablicos e os descalabros de corrup\u00e7\u00e3o sofridos pela Petrobras levaram a um quadro de fal\u00eancia do estado. Para os varejistas, a crise da seguran\u00e7a p\u00fablica, potencializada pelos roubos de cargas (foram 10.599 registros no ano passado) e os altos \u00edndices de desemprego (90 mil vagas foram fechadas em 2017 \u2013 nos \u00faltimos tr\u00eas anos, o estado perdeu 513,7 mil empregos) assustam e adiam planos de novas lojas. Somente no ano passado, cerca de 8.000 lojas fecharam no estado. Como consequ\u00eancia, poucas redes preveem abertura de novas unidades no estado.<\/p>\n
O Rio Grande do Sul foi o 3\u00ba estado que mais fechou vagas. Foram 8.173 postos de trabalho encerrados no ano passado. Com um d\u00e9ficit de R$ 6,9 bilh\u00f5es, previsto para 2018 no or\u00e7amento estadual e 25 meses consecutivos de atraso no pagamento dos servidores estaduais.<\/p>\n
Mas \u00e9 o estado de Pernambuco que se encontra mais longe de recuperar os n\u00edveis do PIB de antes da crise. Sem a ajuda do governo federal \u2013 foram R$ 36 bilh\u00f5es injetados pelo BNDES entre 2008 a 2014 \u2013 o estado est\u00e1 \u00e0 procura de uma nova alternativa para voltar a crescer. Para entender o tamanho do buraco, entre 2015 e 2017, quase 141.000 postos de trabalho foram fechados no estado. Hoje, Pernambuco tem a maior taxa de desemprego do pa\u00eds, de quase 18%.<\/p>\n
Em compensa\u00e7\u00e3o, h\u00e1 estados que vivem o outro extremo \u2013 crescimento acima da economia do pa\u00eds. Estados como Santa Catarina (crescimento de 4,3% no ano passado), Par\u00e1 (4%), Amazonas (3,1%) e Paran\u00e1 (2,6%) s\u00e3o alguns exemplos que v\u00e3o muito bem, obrigado. Santa Catarina, que lidera a lista, tem a menor taxa de desemprego do Brasil ( 6,7%), o maior crescimento nas vendas no varejo (13,5% em 12 meses) e o maior avan\u00e7o da atividade econ\u00f4mica em 2017.<\/p>\n
Considerando as an\u00e1lises do consumo, por\u00e9m, o varejo restrito fechou 2017 com crescimento real de 2,0%, primeiro resultado positivo ap\u00f3s dois anos de retra\u00e7\u00e3o, aponta o IBGE.<\/p>\n
As vendas do \u201cvarejo ampliado\u201d (classifica\u00e7\u00e3o que adiciona ao varejo restrito o atacado e varejo de materiais de constru\u00e7\u00e3o, ve\u00edculos, motos, partes e pe\u00e7as) apontam que dezembro de 2017, na compara\u00e7\u00e3o anual, teve um crescimento real de 6,4%. Um n\u00famero bastante animador e promissor. Nesta dire\u00e7\u00e3o, 2018 aponta para os varejistas que, mesmo em crise, alguns estados j\u00e1 est\u00e3o esbo\u00e7ando crescimento no consumo, descolando da pr\u00f3pria realidade econ\u00f4mica que se encontram.<\/p>\n
Marcos Hirai, s\u00f3cio-diretor da GS&BGH Retail Real Estate, afirma que apesar dos n\u00fameros ainda serem desafiadores, alguns estados j\u00e1 est\u00e3o esbo\u00e7ando crescimento no consumo, descolando da pr\u00f3pria realidade econ\u00f4mica que se encontram.<\/p>\n
Enfim o Brasil sai da recess\u00e3o\u2026 Em relat\u00f3rio recente divulgado pelo Banco Central, a economia brasileira cresceu em 2017 o suficiente para sair da recess\u00e3o. Os n\u00fameros indicaram aumento de 1,04% na compara\u00e7\u00e3o com 2016. Segundo estudo recente da consultoria Tend\u00eancias, publicado recentemente pela revista Exame, o Brasil dever\u00e1 crescer 2,8% no PIB em 2018. Mas, infelizmente, nem todos os estados da federa\u00e7\u00e3o podem dizer isto. De fato, as diferen\u00e7as regionais evidenciam aqueles que oferecem ambiente mais favor\u00e1vel para investimentos e onde o capital privado \u00e9 mais importante, daqueles que dependem mais do setor p\u00fablico na sua economia.<\/p>\n
Este estudo revela que apenas um ter\u00e7o dos estados conseguir\u00e1 recuperar plenamente, at\u00e9 o final do ano, as perdas acumuladas desde 2014. Mas alguns estados est\u00e3o em situa\u00e7\u00e3o agravada por conta da derrocada dos seus principais impulsionadores do passado. Casos como o do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Pernambuco s\u00e3o os exemplos mais complexos. No caso do Rio, uma tr\u00e1gica combina\u00e7\u00e3o de fatores, que v\u00e3o desde os altos investimentos dos jogos ol\u00edmpicos, uma crise politica sem precedentes, o descontrole dos gastos p\u00fablicos e os descalabros de corrup\u00e7\u00e3o sofridos pela Petrobras levaram a um quadro de fal\u00eancia do estado. Para os varejistas, a crise da seguran\u00e7a p\u00fablica, potencializada pelos roubos de cargas (foram 10.599 registros no ano passado) e os altos \u00edndices de desemprego (90 mil vagas foram fechadas em 2017 \u2013 nos \u00faltimos tr\u00eas anos, o estado perdeu 513,7 mil empregos) assustam e adiam planos de novas lojas. Somente no ano passado, cerca de 8.000 lojas fecharam no estado. Como consequ\u00eancia, poucas redes preveem abertura de novas unidades no estado.<\/p>\n
O Rio Grande do Sul foi o 3\u00ba estado que mais fechou vagas. Foram 8.173 postos de trabalho encerrados no ano passado. Com um d\u00e9ficit de R$ 6,9 bilh\u00f5es, previsto para 2018 no or\u00e7amento estadual e 25 meses consecutivos de atraso no pagamento dos servidores estaduais.<\/p>\n
Mas \u00e9 o estado de Pernambuco que se encontra mais longe de recuperar os n\u00edveis do PIB de antes da crise. Sem a ajuda do governo federal \u2013 foram R$ 36 bilh\u00f5es injetados pelo BNDES entre 2008 a 2014 \u2013 o estado est\u00e1 \u00e0 procura de uma nova alternativa para voltar a crescer. Para entender o tamanho do buraco, entre 2015 e 2017, quase 141.000 postos de trabalho foram fechados no estado. Hoje, Pernambuco tem a maior taxa de desemprego do pa\u00eds, de quase 18%.<\/p>\n
Em compensa\u00e7\u00e3o, h\u00e1 estados que vivem o outro extremo \u2013 crescimento acima da economia do pa\u00eds. Estados como Santa Catarina (crescimento de 4,3% no ano passado), Par\u00e1 (4%), Amazonas (3,1%) e Paran\u00e1 (2,6%) s\u00e3o alguns exemplos que v\u00e3o muito bem, obrigado. Santa Catarina, que lidera a lista, tem a menor taxa de desemprego do Brasil ( 6,7%), o maior crescimento nas vendas no varejo (13,5% em 12 meses) e o maior avan\u00e7o da atividade econ\u00f4mica em 2017.<\/p>\n
Considerando as an\u00e1lises do consumo, por\u00e9m, o varejo restrito fechou 2017 com crescimento real de 2,0%, primeiro resultado positivo ap\u00f3s dois anos de retra\u00e7\u00e3o, aponta o IBGE.<\/p>\n
As vendas do \u201cvarejo ampliado\u201d (classifica\u00e7\u00e3o que adiciona ao varejo restrito o atacado e varejo de materiais de constru\u00e7\u00e3o, ve\u00edculos, motos, partes e pe\u00e7as) apontam que dezembro de 2017, na compara\u00e7\u00e3o anual, teve um crescimento real de 6,4%. Um n\u00famero bastante animador e promissor. Nesta dire\u00e7\u00e3o, 2018 aponta para os varejistas que, mesmo em crise, alguns estados j\u00e1 est\u00e3o esbo\u00e7ando crescimento no consumo, descolando da pr\u00f3pria realidade econ\u00f4mica que se encontram.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Marcos Hirai, s\u00f3cio-diretor da GS&BGH Retail Real Estate, afirma que apesar dos n\u00fameros ainda serem desafiadores, alguns estados j\u00e1 est\u00e3o esbo\u00e7ando crescimento no consumo, descolando da pr\u00f3pria realidade econ\u00f4mica que se encontram.<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":43776,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"content-type":""},"categories":[104],"tags":[1256,19024],"yoast_head":"\n