A Federa\u00e7\u00e3o do Com\u00e9rcio de Bens, Servi\u00e7os e Turismo do Estado de S\u00e3o Paulo (FecomercioSP) estima que o varejo paulista dever\u00e1 encerrar o ano com o crescimento de 5% em 2017, com a expectativa de faturamento real de R$ 623,7 bilh\u00f5es, valor R$ 28,1 bilh\u00f5es maior em rela\u00e7\u00e3o a 2016. Caso o resultado se confirme, ser\u00e1 o maior crescimento anual de vendas desde 2011, o que representa o fim do pior ciclo recessivo j\u00e1 vivido pelo com\u00e9rcio, que come\u00e7ou em 2014.<\/p>\n
De acordo com a FecomercioSP, este fim de ano, quando tradicionalmente ocorre a maior movimenta\u00e7\u00e3o no com\u00e9rcio por causa das festas, deve consolidar a retomada do setor cujas vendas cresceram em todos os meses do ano j\u00e1 apurados. Segundo a Entidade, isso s\u00f3 foi poss\u00edvel gra\u00e7as a uma conjuntura econ\u00f4mica de infla\u00e7\u00e3o em queda, que abriu espa\u00e7o para a redu\u00e7\u00e3o dos juros e eleva\u00e7\u00e3o do poder de compra dos consumidores, al\u00e9m dos aumentos da renda agr\u00edcola e das exporta\u00e7\u00f5es, do avan\u00e7o no ritmo da produ\u00e7\u00e3o industrial, da inje\u00e7\u00e3o dos recursos do FGTS e da queda do desemprego, que restaurou a confian\u00e7a dos consumidores.<\/p>\n
As regi\u00f5es de Araraquara e Sorocaba devem registrar os melhores desempenhos em 2017 na compara\u00e7\u00e3o com 2016. Segundo as proje\u00e7\u00f5es da FecomercioSP, o varejo na regi\u00e3o de Araraquara deve encerrar o ano com alta de 8,8% no faturamento, que alcan\u00e7ar\u00e1 R$ 17,7 bilh\u00f5es. Na regi\u00e3o de Sorocaba, as vendas no com\u00e9rcio varejista devem registrar aumento de 7,5% em 2017, atingindo R$ 35,2 bilh\u00f5es.<\/p>\n
Por outro lado, o varejo das regi\u00f5es de Osasco e Presidente Prudente provavelmente fechar\u00e3o o ano com os piores resultados no Estado. A regi\u00e3o de Osasco dever\u00e1 ser a \u00fanica a registrar retra\u00e7\u00e3o, com queda de 0,5% em 2017, em compara\u00e7\u00e3o com o ano anterior, perda de R$ 7,3 bilh\u00f5es no faturamento. O com\u00e9rcio varejista na regi\u00e3o de Presidente Prudente deve apresentar leve alta de 3,3% no ano, com faturamento real estimado de R$ 9 bilh\u00f5es – R$ 285 milh\u00f5es a mais do que em 2016.<\/p>\n
Todas as nove atividades analisadas pela FecomercioSP devem apresentar alta no faturamento em rela\u00e7\u00e3o a 2016. A expectativa \u00e9 que o segmento de autope\u00e7as e acess\u00f3rios e as farm\u00e1cias e perfumarias registrem as maiores taxas de crescimento, de 11% e 10%, respectivamente. No entanto, considerando o peso de cada atividade no varejo, as maiores contribui\u00e7\u00f5es para o resultado geral ser\u00e3o dos supermercados (3%) e das concession\u00e1rias de ve\u00edculos (7%), que devem atingir o faturamento real de R$ 213,2 bilh\u00f5es e R$ 72,7 bilh\u00f5es, respectivamente.<\/p>\n
Segundo a Entidade, a combina\u00e7\u00e3o das vari\u00e1veis econ\u00f4micas positivas permitiu a retomada das vendas, principalmente as de bens dur\u00e1veis, segmento mais afetado pela recess\u00e3o 2014-2016. Nos \u00faltimos tr\u00eas anos, as comercializa\u00e7\u00f5es desses setores registraram queda acumulada de 30%, -6% apenas em 2016. Neste ano, o consumo de bens dur\u00e1veis deve aumentar 7%, enquanto os setores ligados aos bens semidur\u00e1veis crescem a taxa de 4%.<\/p>\n
Natal<\/strong><\/p>\n O faturamento do com\u00e9rcio varejista no Estado de S\u00e3o Paulo em dezembro deve atingir R$ 65,1 bilh\u00f5es, alta de 4% na compara\u00e7\u00e3o com o mesmo per\u00edodo de 2016. De acordo com a FecomercioSP, ser\u00e1 o segundo melhor m\u00eas de dezembro de toda a s\u00e9rie, iniciada em 2008, somente inferior ao volume de vendas registrado no m\u00eas do Natal de 2013, quando alcan\u00e7ou R$ 66,4 bilh\u00f5es.<\/p>\n Entre as 16 regi\u00f5es analisadas, estima-se que as regi\u00f5es de Guarulhos e Sorocaba devem registrar os melhores desempenhos do varejo em dezembro, com altas de 11% e 10%, respectivamente. As receitas somadas nessas regi\u00f5es devem alcan\u00e7ar R$ 7,4 bilh\u00f5es, enquanto as regi\u00f5es de Mar\u00edlia (0%) e Osasco (0%) devem apresentar os piores resultados no per\u00edodo.<\/p>\n Das nove atividades pesquisadas, apenas a de materiais de constru\u00e7\u00e3o (-2%) dever\u00e1 mostrar queda na compara\u00e7\u00e3o com o mesmo m\u00eas de 2016. Os segmentos que dever\u00e3o registrar os melhores desempenhos no m\u00eas do Natal s\u00e3o os de eletrodom\u00e9sticos, eletr\u00f4nicos e lojas de departamentos (12%); lojas de m\u00f3veis e decora\u00e7\u00e3o (9%); e lojas de vestu\u00e1rio, tecidos e cal\u00e7ados (9%).<\/p>\n Para a assessoria econ\u00f4mica da Entidade, o que mais colabora para o crescimento das vendas que ocorre em dezembro em compara\u00e7\u00e3o aos demais meses \u00e9 a inje\u00e7\u00e3o do d\u00e9cimo terceiro sal\u00e1rio na economia, que, em 2017, tende a ser 4,6% maior do que o volume pago em 2016, j\u00e1 descontada a infla\u00e7\u00e3o. O sal\u00e1rio m\u00e9dio tamb\u00e9m subiu e dever\u00e1 contribuir para o bom resultado do per\u00edodo.<\/p>\n Estimativa 2018<\/strong><\/p>\n Em 2018, a FecomercioSP projeta uma nova alta de 5% no faturamento do varejo no Estado de S\u00e3o Paulo, alcan\u00e7ando R$ 652,7 bilh\u00f5es. De acordo com a Entidade, em 2018, o cen\u00e1rio eleitoral ser\u00e1 determinante para a conjuntura econ\u00f4mica interna, que ficar\u00e1 suscet\u00edvel \u00e0s candidaturas presidenciais e suas propostas. Os mercados estar\u00e3o atentos principalmente \u00e0 agenda fiscal dos principais candidatos. Caso a prefer\u00eancia dos eleitores seja um candidato que defenda a responsabilidade fiscal com controle de gastos, os mercados ficar\u00e3o menos inst\u00e1veis. Em contrapartida, caso os eleitores optem por uma agenda de expans\u00e3o dos gastos p\u00fablicos e menor rigor fiscal, fortes oscila\u00e7\u00f5es no c\u00e2mbio no mercado de capitais e nos juros devem ser observadas.<\/p>\n A Federa\u00e7\u00e3o alerta que, consequentemente, o comportamento das vendas tamb\u00e9m estar\u00e1 atrelado ao quadro pol\u00edtico em 2018, o que torna esse per\u00edodo um dos mais complexos para proje\u00e7\u00f5es anuais. Para a elabora\u00e7\u00e3o das proje\u00e7\u00f5es de vendas do com\u00e9rcio em 2018, a FecomercioSP prev\u00ea o m\u00ednimo de oscila\u00e7\u00f5es no mercado em virtude do cen\u00e1rio eleitoral, pressupondo a continuidade das atuais condi\u00e7\u00f5es econ\u00f4micas do Pa\u00eds. A equipe econ\u00f4mica da Entidade levou em conta tamb\u00e9m uma pequena alta nos \u00edndices de infla\u00e7\u00e3o, decorrente da menor safra no ano que vem e alguma press\u00e3o de demanda pela melhoria da massa de rendimentos.<\/p>\n Todas as 16 regi\u00f5es analisadas pela Pesquisa Conjuntural do Com\u00e9rcio Varejista no Estado de S\u00e3o Paulo (PCCV), da FecomercioSP, dever\u00e3o apresentar crescimento em 2018 na compara\u00e7\u00e3o com 2017. Entre os destaques est\u00e3o as regi\u00f5es de Taubat\u00e9 (9%), Sorocaba (8%) e Guarulhos (6%). As regi\u00f5es de Presidente Prudente (3%), Mar\u00edlia (3%) e S\u00e3o Jos\u00e9 do Rio Preto (4%) apresentar\u00e3o menores desempenhos.<\/p>\n Com\u00e9rcio Eletr\u00f4nico<\/strong><\/p>\n O faturamento real do com\u00e9rcio eletr\u00f4nico paulista atingiu R$ 4,1 bilh\u00f5es no terceiro trimestre do ano, queda de 19,2% em rela\u00e7\u00e3o ao mesmo per\u00edodo de 2016. Os dados s\u00e3o da Pesquisa Conjuntural do Com\u00e9rcio Eletr\u00f4nico (PCCE), e mostram um leve aumento da participa\u00e7\u00e3o do com\u00e9rcio eletr\u00f4nico sobre o total das vendas do varejo paulista. No primeiro trimestre, a representatividade do com\u00e9rcio eletr\u00f4nico era de 2,6%, passando para 2,5% no segundo e, finalmente, 2,6% no terceiro. O t\u00edquete m\u00e9dio das transa\u00e7\u00f5es seguiu o mesmo ritmo de crescimento, passando de R$ 392,85 no primeiro trimestre do ano, para R$ 393,12 no segundo e R$ 401,56 no terceiro.<\/p>\n Segundo a FecomercioSP, at\u00e9 o terceiro trimestre do ano os resultados da PCCE sentiram claramente os efeitos da melhora no cen\u00e1rio econ\u00f4mico nacional, com infla\u00e7\u00e3o controlada, queda dos juros e menor desemprego, que estimularam o consumo de bens em geral. Com a menor restri\u00e7\u00e3o or\u00e7ament\u00e1ria das fam\u00edlias, as vendas f\u00edsicas avan\u00e7aram e, finalmente, agora o varejo online segue a mesma tend\u00eancia. No terceiro trimestre do ano, o com\u00e9rcio eletr\u00f4nico superou os 10 milh\u00f5es de transa\u00e7\u00f5es no Estado de S\u00e3o Paulo.<\/p>\n Para a Federa\u00e7\u00e3o, as vendas do e-commerce tendem a crescer novamente no quarto trimestre com a realiza\u00e7\u00e3o da Black Friday em novembro, per\u00edodo em que h\u00e1 forte est\u00edmulo para a realiza\u00e7\u00e3o de compras pela internet e a inje\u00e7\u00e3o do d\u00e9cimo terceiro na renda das fam\u00edlias.<\/p>\n PCSS<\/strong><\/p>\n At\u00e9 outubro, o faturamento real do setor de servi\u00e7os na cidade de S\u00e3o Paulo registrou alta de 5,2% no acumulado do ano. As informa\u00e7\u00f5es s\u00e3o da Pesquisa Conjuntural do Setor de Servi\u00e7os (PCSS), apurada mensalmente pela FecomercioSP em parceria com a Secretaria Municipal da Fazenda de S\u00e3o Paulo.<\/p>\n Ap\u00f3s dois anos consecutivos de queda, a expectativa \u00e9 de que o setor de servi\u00e7os paulistano encerre o ano com alta de 6%, atingindo um faturamento real de R$ 285,4 bilh\u00f5es, valor R$ 16,2 bilh\u00f5es acima do registrado em 2016, quando as vendas do setor haviam apresentado resultado negativo de 3,4% em rela\u00e7\u00e3o ao ano anterior.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" De acordo com a Entidade, com\u00e9rcio varejista dever\u00e1 crescer 5% e encerrar\u00e1 o ano com o faturamento de R$ 623,7 bilh\u00f5es<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":33568,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"content-type":""},"categories":[96],"tags":[753,19024,184],"yoast_head":"\n