Pelo quarto m\u00eas seguido em 2017, o \u00cdndice de Pre\u00e7os dos Supermercados (IPS), calculado pela APAS\/FIPE apresentou redu\u00e7\u00e3o. Em setembro, houve queda de 0,91%, se comparado com o m\u00eas anterior. No acumulado dos \u00faltimos 12 meses o resultado do IPS \u00e9 ainda mais impressionante, apontando para uma redu\u00e7\u00e3o de 2,90%. Em 2017, os pre\u00e7os registraram decr\u00e9scimo de 2,58%.<\/p>\n
\u201cEstes valores recordes de queda alcan\u00e7ados em setembro s\u00e3o o \u00e1pice de uma longa redu\u00e7\u00e3o de pre\u00e7os de alimentos de peso na mesa do paulista que teve seu in\u00edcio em agosto de 2016, reflexo da crise econ\u00f4mica nacional que alcan\u00e7aram nos \u00faltimos meses recordes negativos no emprego e renda da popula\u00e7\u00e3o, que geraram uma demanda reprimida, refletindo-se na queda no consumo das fam\u00edlias e contribuindo para esta infla\u00e7\u00e3o menor\u201d, explicou Rodrigo Mariano, Gerente de Economia e Pesquisa da APAS.<\/p>\n
Ainda segundo Mariano, \u201cao contr\u00e1rio de 2016, as safras foram recordes em diversas culturas gra\u00e7as \u00e0 um clima mais est\u00e1vel, o que fez os alimentos In Natura serem os grandes respons\u00e1veis, no acumulado de setembro de 2017, deste \u00edndice t\u00e3o baixo.\u201d\u00a0 Na avalia\u00e7\u00e3o desde a cria\u00e7\u00e3o do Plano Real, em 1994, o IPS\/APAS apresenta varia\u00e7\u00e3o acumulada de 212,35%, enquanto o j\u00e1 o IPCA\/IBGE (Brasil) tem alta de 467%, o IPC-FIPE tem aumento de 352,26% e o IPA\/FGV tem varia\u00e7\u00e3o de 609,64%. Assim, a evolu\u00e7\u00e3o dos pre\u00e7os ao longo dos anos, aponta uma eleva\u00e7\u00e3o mais moderada no setor supermercadista, principalmente pela sua caracter\u00edstica de concorr\u00eancia, onde os ganhos de efici\u00eancia e produtividade aliados as constantes negocia\u00e7\u00f5es junto \u00e0 ind\u00fastria, possibilitam pre\u00e7os mais competitivos para serem ofertados aos consumidores.<\/p>\n
Em setembro, as varia\u00e7\u00f5es negativas estiveram presentes em 55,41% dos itens, de acordo com o \u00edndice de difus\u00e3o (propor\u00e7\u00e3o das varia\u00e7\u00f5es de pre\u00e7os negativas), ficando acima da m\u00e9dia para os \u00faltimos 12 meses, que \u00e9 de 48,95%. Isso demonstra uma maior quantidade de itens com sinais de desacelera\u00e7\u00e3o de pre\u00e7os e de quedas nos pre\u00e7os ao longo deste m\u00eas.<\/p>\n
\u201cOs pr\u00f3ximos 3 meses devem observar uma menor queda de pre\u00e7os ou mesmo leve eleva\u00e7\u00e3o em alguns grupos de produtos devido a dados observados ao longo dos \u00faltimos meses que s\u00e3o: a estabiliza\u00e7\u00e3o do desemprego com cria\u00e7\u00e3o l\u00edquida de vagas positiva nos \u00faltimos 2 meses; o aumento da confian\u00e7a do empresariado notadamente a ind\u00fastria; e, em menor grau, o reflexo das quedas de juros que alivia o bolso das fam\u00edlias endividadas. Dessa forma pode-se esperar um fim de ano melhor que 2015 e 2016 em vendas e com pre\u00e7os bem mais comportados\u201d, enfatizou Rodrigo Mariano.<\/p>\n
Produtos In Natura
\nRegistraram, em setembro, redu\u00e7\u00e3o de 3,35%, com destaque para os Tub\u00e9rculos, com retra\u00e7\u00e3o de 8,65%, puxada pela queda nos pre\u00e7os da batata (14,04%) e Cebola (8,70%). Em 12 meses houve redu\u00e7\u00e3o de 12,26% nos pre\u00e7os dos Produtos In Natura, e no acumulado de janeiro a setembro a queda de 8,71%.<\/p>\n
Produtos industrializados
\nApresentaram diminui\u00e7\u00e3o, variando 1,20%. Os principais respons\u00e1veis foram os derivados do leite (1,57%) e derivados da carne (1,56%). Em 12 meses, os pre\u00e7os dos produtos industrializados est\u00e3o praticamente est\u00e1veis, com 0,15% de aumento. J\u00e1 o acumulado de 2017 est\u00e1 em queda de 2,31%.<\/p>\n
Produtos Semielaborados (Carnes, Leite e Cereais)
\nDemonstram redu\u00e7\u00e3o nos pre\u00e7os no m\u00eas, de 0,43%. Se por um lado houve eleva\u00e7\u00e3o nos pre\u00e7os das carnes bovinas 2,18%, isto foi mais que contrabalanceado pela retra\u00e7\u00e3o nos pre\u00e7os de carnes su\u00ednas 3,94%, leite 4,64% e cereais 3,01%. Em 12 meses, os produtos semielaborados registram forte diminui\u00e7\u00e3o de 9,81% e no acumulado de janeiro a setembro de redu\u00e7\u00e3o de 5,81%.<\/p>\n
Bebidas alco\u00f3licas
\nApresentaram em setembro, varia\u00e7\u00e3o positiva de 1,94%, reflexo da eleva\u00e7\u00e3o de 2,44% no pre\u00e7o da cerveja. Em 12 meses, a alta nos pre\u00e7os foi de 5,28%, e no acumulado de janeiro a setembro a varia\u00e7\u00e3o \u00e9 de 2,47%.<\/p>\n
Bebidas n\u00e3o alco\u00f3licas
\nRegistraram redu\u00e7\u00e3o de 0,31%, diante da queda, principalmente, nos pre\u00e7os de refrigerantes (0,28%) e suco de frutas (1,77%). Em 12 meses a alta nos pre\u00e7os foi de 4,56%, e no acumulado de janeiro a setembro a varia\u00e7\u00e3o \u00e9 de 1,06%.<\/p>\n
Produtos de limpeza
\nApresentaram retra\u00e7\u00e3o de 0,41% em setembro. Em 12 meses, a eleva\u00e7\u00e3o nos pre\u00e7os dos produtos de limpeza foi de 0,66%. No acumulado de janeiro a setembro a queda \u00e9 de 1,17%.<\/p>\n
Artigos de higiene e beleza
\nApontaram estabilidade, com queda de 0,01%. Em 12 meses, a eleva\u00e7\u00e3o nos pre\u00e7os dos artigos de higiene e beleza foi de 1,63%. No acumulado de janeiro a setembro a varia\u00e7\u00e3o \u00e9 de 0,36%.<\/p>\n
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Queda de 2,90% no acumulado de 12 meses \u00e9 o menor n\u00famero desde 2006 e o segundo mais baixo desde 1994, ano em que o \u00edndice passou a ser medido<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":53692,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"content-type":""},"categories":[96],"tags":[11275,596,1709,2194],"yoast_head":"\n