A recess\u00e3o econ\u00f4mica que marcou o ano de 2016 trouxe dificuldades para muitas empresas \u2013 incluindo os pequenos e m\u00e9dios empreendimentos. Por\u00e9m, alguns neg\u00f3cios conseguiram crescer justamente quando os mais tradicionais passavam por uma reflex\u00e3o de estrat\u00e9gia: as startups.<\/p>\n
Segundo quatro especialistas \u00a0\u00e9 fato que o ecossistema de empreendimentos inovadores cresceu neste ano. Ainda que o tamanho dessa amplia\u00e7\u00e3o n\u00e3o seja um consenso \u2013 para alguns ela \u00e9 t\u00edmida, enquanto para outros foi significativa -, h\u00e1 alguns movimentos que apontam uma melhora para o ambiente de startups.<\/p>\n
A primeira grande tend\u00eancia foi o interesse das grandes corpora\u00e7\u00f5es nos pequenos neg\u00f3cios inovadores. \u201cA entrada das gigantes no ecossistema de startups ajudou os neg\u00f3cios a captarem mais recursos e a se financiarem, seja por meio de acelera\u00e7\u00f5es e investimentos ou pela compra de projetos\u201d, afirma Bruno Rondani, do Movimento 100 Open Startups. \u201cPor outro lado, o governo ficou de fora desse movimento. Faltou investimento p\u00fablico em 2016.\u201d<\/p>\n
Ana Fontes, idealizadora da Rede Mulher Empreendedora, tamb\u00e9m destacou a entrada de grandes empresas no ecossistema. \u201cIsso ajuda o ambiente de startups a evoluir, mesmo em um ano inst\u00e1vel como esse. Por exemplo, a Visa fechou uma parceria com o Startup Farm; a Telef\u00f4nica est\u00e1 dando apoio por sua aceleradora, a Wayra; e o Bradesco fez sua segunda edi\u00e7\u00e3o do programa Inovabra.\u201d<\/p>\n
Outra tend\u00eancia de 2016 \u00e9 a descentraliza\u00e7\u00e3o: h\u00e1 mais empresas inovadoras surgindo fora do eixo Rio de Janeiro-S\u00e3o Paulo. \u201cIsso \u00e9 muito importante para o desenvolvimento da economia do pa\u00eds como um todo. Vimos isso acontecer principalmente em cidades como Belo Horizonte, Florian\u00f3polis e Recife neste ano\u201d, explica Ca\u00edque Pegurier, mentor Endeavor, coordenador de MBA na Inova Business School e CEO da Wide Desenvolvimento Humano.<\/p>\n
\u201cTamb\u00e9m vimos startups com reais inova\u00e7\u00f5es tecnol\u00f3gicas, e n\u00e3o apenas neg\u00f3cios com mudan\u00e7as marginais em rela\u00e7\u00e3o a empreendimentos j\u00e1 existentes. Estamos entrando para valer no desenvolvimento de tecnologia, com neg\u00f3cios disruptivos.\u201d<\/p>\n
A \u00faltima tend\u00eancia destacada pelos especialistas \u00e9 a populariza\u00e7\u00e3o dos neg\u00f3cios inovadores \u2013 mesmo que a maioria ainda n\u00e3o os conhe\u00e7a como \u201cstartups.\u201d<\/p>\n
\u201cVimos startups brasileiras se destacando e saindo do grupinho dos especialistas no tema. Hoje, vemos pessoas falando de neg\u00f3cios como o Nubank com naturalidade, sem nem saber que ele \u00e9 uma startup. Para mim, \u00e9 um sinal de maturidade do mercado\u201d, explica Pedro Waengertner, da aceleradora ACE.<\/p>\n
Quais foram as startups que souberam aproveitar melhor os movimentos trazidos por 2016? Veja, a seguir, 15 neg\u00f3cios brasileiros inovadores, que fizeram a diferen\u00e7a:<\/p>\n\n\n\n\n\n\n\n\n\n\n\n\n\n
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