A ind\u00fastria de alimentos at\u00e9 tentou, mas a Ag\u00eancia Nacional de Vigil\u00e2ncia Sanit\u00e1ria (Anvisa) n\u00e3o aceitou o pedido de prorroga\u00e7\u00e3o do prazo para adequa\u00e7\u00e3o e todos os produtos fabricados, a partir do pr\u00f3ximo dia 3, dever\u00e3o conter no r\u00f3tulo um alerta sobre a presen\u00e7a de ingrediente que possa causar alergia. A resolu\u00e7\u00e3o, publicada em julho do ano passado, deu um ano para as empresas se adequarem \u00e0 nova regra. Surgiu ap\u00f3s uma grande mobiliza\u00e7\u00e3o popular de pais e m\u00e3es que enfrentam dificuldades para identificar quais alimentos os filhos al\u00e9rgicos podem consumir. De acordo com a Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), cerca de 8% das crian\u00e7as e 5% dos adultos t\u00eam algum tipo de alergia alimentar, que pode causar desde um simples v\u00f4mito a um choque anafil\u00e1tico. Em alguns casos, o \u00fanico tratamento poss\u00edvel \u00e9 evitar o consumo dos alimentos que causam alergia.<\/p>\n
Com a entrada em vigor da nova norma, passa a ser obrigat\u00f3ria a informa\u00e7\u00e3o sobre a exist\u00eancia de 17 alerg\u00eanicos: trigo (centeio, cevada e aveia), crust\u00e1ceos, ovos, peixes, amendoim, soja, leite de todos os mam\u00edferos, am\u00eandoa, avel\u00e3, castanha de caju, castanha do Par\u00e1, macad\u00e2mia, nozes, pec\u00e3, pistaches, pinoli, castanhas, al\u00e9m de l\u00e1tex natural (presente em luvas usadas na manipula\u00e7\u00e3o durante o processo de produ\u00e7\u00e3o). A informa\u00e7\u00e3o deve vir precedida da express\u00e3o \u201cAl\u00e9rgicos: Cont\u00e9m\u201d ou \u201cAl\u00e9rgicos: Pode conter\u201d.<\/p>\n
Regra garante direito constitucional<\/strong><\/p>\n A Associa\u00e7\u00e3o Brasileira das Ind\u00fastrias da Alimenta\u00e7\u00e3o (Abia) diz reconhecer como leg\u00edtima a demanda dos consumidores e garante que dois ter\u00e7os dos alimentos vendidos pelas mais de cem empresas associadas, que representam 70% do setor, j\u00e1 est\u00e3o adequados \u00e0s novas regras. A entidade afirmou que os fabricantes est\u00e3o \u201crealizando todos os esfor\u00e7os\u201d para cumprir o prazo estabelecido pela reguladora. Segundo a Abia, as dificuldades est\u00e3o em colher informa\u00e7\u00f5es sobre os ingredientes com toda a cadeia de fornecedores e identificar a ocorr\u00eancia de contamina\u00e7\u00e3o cruzada. A ind\u00fastria usa essa express\u00e3o para os casos em que um produto passa a conter tra\u00e7os de um alimento alerg\u00eanico acidentalmente, porque foi manipulado num mesmo compartimento durante alguma etapa de fabrica\u00e7\u00e3o.Ao negar o pedido de adiamento do prazo, o diretor da Anvisa Renato Porto ressaltou que a indica\u00e7\u00e3o de alerg\u00eanicos nos r\u00f3tulos \u00e9 fundamental para que o consumidor exer\u00e7a o seu livre direito de escolha que, neste caso, evita riscos ao consumidor e garante o direito constitucional \u00e0 sa\u00fade e \u00e0 alimenta\u00e7\u00e3o adequada. Ana Paula Bortoletto, nutricionista do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), complementa lembrando que o C\u00f3digo de Defesa do Consumidor (CDC) estabelece como um direito b\u00e1sico a informa\u00e7\u00e3o sobre riscos \u00e0 sa\u00fade.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Anvisa negou pedido da ind\u00fastria de adiamento do prazo e regra vale para produtos fabricados a partir de 3 de julho<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":29008,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"content-type":""},"categories":[95,104],"tags":[12858,1277,2506,2913,264,789,2204,4282],"yoast_head":"\n