O GPA afirmou na ter\u00e7a-feira (22) que nenhum banco foi contratado e que n\u00e3o h\u00e1 processo de venda da participa\u00e7\u00e3o de seu controlador, Grupo Casino, na companhia.<\/p>\n
A declara\u00e7\u00e3o do GPA foi feita ap\u00f3s a empresa questionar seus administradores e Casino depois de reportagem do Estad\u00e3o.<\/p>\n
O jornal publicou, citando fontes, que o Casino contratou o banco brasileiro BR Partners para come\u00e7ar a estruturar a venda de sua fatia de 41,2% no dono da bandeira P\u00e3o de A\u00e7\u00facar.<\/p>\n
A participa\u00e7\u00e3o do Casino no GPA \u00e9 de 41,2%. O neg\u00f3cio como um todo vale pouco mais de R$ 4 bilh\u00f5es na Bolsa \u2013 mais do que o dobro do que h\u00e1 um ano. A sa\u00edda se refere somente ao grupo dono da bandeira P\u00e3o de A\u00e7\u00facar, e n\u00e3o ao atacarejo Assa\u00ed, que \u00e9 um neg\u00f3cio mais rent\u00e1vel e no qual o Casino quer permanecer. Esse ativo tem valor de mercado bem maior do que o do GPA: R$ 22,8 bilh\u00f5es.<\/p>\n
O Casino entrou no GPA nos anos 1990, em uma \u00e9poca em que o grupo, ent\u00e3o controlado pela fam\u00edlia Diniz, enfrentava dificuldades financeiras. O contrato previa que, em 2012, Abilio Diniz passaria aos franceses o controle da companhia.<\/p>\n
Um ano antes, no entanto, Abilio tentou costurar a uni\u00e3o do GPA com o Carrefour, sem passar o comando do neg\u00f3cio ao s\u00f3cio franc\u00eas. A tentativa n\u00e3o deu certo e azedou a rela\u00e7\u00e3o entre o empres\u00e1rio e Jean-Charles Naouri, do Casino.<\/p>\n
A negocia\u00e7\u00e3o foi tensa e incluiu media\u00e7\u00e3o de um dos maiores especialistas do mundo em resolu\u00e7\u00e3o de conflitos, o antrop\u00f3logo americano Wiliam Ury. O fim da guerra, em 2017, foi selado com a sa\u00edda de Abilio da empresa fundada por seu pai. O empres\u00e1rio hoje \u00e9 um dos principais acionistas do Carrefour no Brasil e na opera\u00e7\u00e3o global.<\/p>\n
Apesar de a opera\u00e7\u00e3o brasileira n\u00e3o ser a primeira na fila para ser vendida, o banco chegou a sondar o empres\u00e1rio Michael Klein, da fam\u00edlia fundadora da Casas Bahia, sobre eventual interesse na aquisi\u00e7\u00e3o no GPA, segundo fontes.<\/p>\n
A ideia seria replicar a mesma estrutura utilizada h\u00e1 dois anos, com a XP, na qual o empres\u00e1rio comprou a participa\u00e7\u00e3o do GPA na Via Varejo, recentemente rebatizada de Via.<\/p>\n
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