{"id":1035354,"date":"2021-06-03T10:18:58","date_gmt":"2021-06-03T13:18:58","guid":{"rendered":"https:\/\/newtrade.com.br\/?p=1035354"},"modified":"2021-06-03T10:18:58","modified_gmt":"2021-06-03T13:18:58","slug":"frubana-capta-us-65-milhoes-para-se-consolidar-como-a-amazon-dos-alimentos","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/newtrade.com.br\/varejo\/frubana-capta-us-65-milhoes-para-se-consolidar-como-a-amazon-dos-alimentos\/","title":{"rendered":"Frubana capta US$ 65 milh\u00f5es para se consolidar como a \u201cAmazon dos alimentos\u201d"},"content":{"rendered":"
Em 2020, as startups latino-americanas atra\u00edram US$ 4 bilh\u00f5es em um volume recorde de 488 aportes, segundo a Associa\u00e7\u00e3o Latino-Americana de Private Equity & Venture Capital (Lavca). E, na primeira metade de 2021, os investidores seguem ampliando seu apetite pelas novatas da regi\u00e3o.<\/p>\n
O mais novo nome nesse card\u00e1pio \u00e9 a colombiana Frubana, mescla de marketplace e \u201catacado virtual\u201d que conecta restaurantes e mercados de bairro a fornecedores e produtores de frutas, verduras e legumes, entre outros alimentos.<\/p>\n
A startup est\u00e1 anunciando nesta quarta-feira, 2 de junho, a capta\u00e7\u00e3o de um investimento de US$ 65 milh\u00f5es (R$ 351 milh\u00f5es). A rodada \u00e9 liderada pelo americano GGV Capital e tem a participa\u00e7\u00e3o de Softbank, Tiger Global e Monashees. Todos j\u00e1 investiam na opera\u00e7\u00e3o e ganham agora a companhia do tamb\u00e9m americano Lightspeed Venture Partners.<\/p>\n
\u201c\u00c9 raro todos os investidores dobrarem a aposta\u201d, diz Breno Lopes, country manager da Frubana no Brasil, em entrevista ao NeoFeed. \u201cMas foi uma necessidade b\u00e1sica. N\u00f3s crescemos sete vezes durante a pandemia e precis\u00e1vamos de mais recursos para seguir financiando essa expans\u00e3o.\u201d<\/p>\n
O Brasil \u00e9 o ponto mais recente no mapa da Frubana. A startup desembarcou em S\u00e3o Paulo em outubro de 2020 e, em poucos meses, a opera\u00e7\u00e3o j\u00e1 superou os n\u00fameros do M\u00e9xico, tornando-se o segundo maior mercado da companhia, atr\u00e1s apenas da matriz colombiana.<\/p>\n
Com esse status, o Pa\u00eds receber\u00e1 boa parte dos d\u00edgitos inclu\u00eddos no novo cheque. Um dos planos \u00e9 triplicar o quadro local de funcion\u00e1rios, composto atualmente por cerca de 300 profissionais, no prazo de seis a 12 meses.<\/p>\n
A Frubana tamb\u00e9m avalia levar sua plataforma para outros cidades al\u00e9m da capital paulista. A princ\u00edpio, a expans\u00e3o deve seguir por munic\u00edpios da Grande S\u00e3o Paulo, ainda em 2021. N\u00e3o est\u00e3o descartadas as incurs\u00f5es em outras capitais do Pa\u00eds.<\/p>\n
Outro investimento nesse pacote envolve os centros de distribui\u00e7\u00e3o. Atualmente, a companhia opera com tr\u00eas unidades em S\u00e3o Paulo e j\u00e1 prev\u00ea uma quarta estrutura, cuja localiza\u00e7\u00e3o ser\u00e1 escolhida a partir da defini\u00e7\u00e3o do roteiro de expans\u00e3o a ser seguido no Pa\u00eds.<\/p>\n
A amplia\u00e7\u00e3o da cesta de produtos ofertada \u00e9 mais um foco. Hoje, a Frubana oferece cerca de 400 itens no mercado brasileiro. \u201cVamos aumentar, principalmente, em n\u00e3o perec\u00edveis e em prote\u00ednas\u201d, diz Lopes. \u201cMas estamos adicionando tamb\u00e9m l\u00e1cteos, bebidas e produtos de limpeza.\u201d<\/p>\n
Fundada em 2018, pelo colombiano Fabian Gomez Gutierrez, um ex-executivo respons\u00e1vel pela expans\u00e3o do Rappi por cidades como Barranquilla, Buenos Aires e Rio de Janeiro, a Frubana nasceu com o plano de reduzir os intermedi\u00e1rios na cadeia de abastecimento de restaurantes e mercados de bairro.<\/p>\n
Para os estabelecimentos, a plataforma funciona como um marketplace B2B, acessado via site ou aplicativo. Das compras realizadas diretamente com os fornecedores \u00e0s entregas, todo o processo \u00e9 de responsabilidade da startup, com forte apoio de sistemas desenvolvidos dentro de casa.<\/p>\n
\u201cN\u00f3s operamos toda a log\u00edstica. Estamos nos tornando uma grande Amazon do supply chain de alimentos\u201d, afirma Lopes. Ele acrescenta que, ao eliminar intermedi\u00e1rios com esse formato, a economia para os estabelecimentos pode chegar a 20%.<\/p>\n
Na outra ponta, o menu envolve desde grandes empresas e marcas de alimenta\u00e7\u00e3o, como Camil, Seara e Cargill, at\u00e9 pequenos produtores. Nesse caso, a Frubana trabalha com algoritmos de previs\u00e3o de demanda e precifica\u00e7\u00e3o, que definem o quanto precisa ser produzido daquele determinado item.<\/p>\n
Os dados que alimentam essas proje\u00e7\u00f5es s\u00e3o coletados juntos aos clientes e incluem fatores como o n\u00famero de pratos servidos, ocupa\u00e7\u00e3o do restaurante e frequ\u00eancia de compra por produto. Esse caldeir\u00e3o \u00e9 complementado com informa\u00e7\u00f5es de outros plataformas e polos de distribui\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
\u201cEssa abordagem permite produzir e comprar apenas o necess\u00e1rio, reduzindo o desperd\u00edcio\u201d, observa Lopes. \u201cA partir desse modelo, nosso \u00edndice de perda de alimentos \u00e9 de 1%, enquanto o padr\u00e3o do setor gira em torno de 6% a 7%.\u201d<\/p>\n
A remunera\u00e7\u00e3o da empresa vem de uma taxa embutida no pre\u00e7o de compra, que varia de acordo com o produto. Com essa proposta, a Frubana j\u00e1 formou uma carteira com mais de 100 fornecedores e cerca de 10 mil clientes ativos, entre eles, restaurantes como Coco Bambu e Pecorino. Apenas no \u00faltimo m\u00eas de maio, a opera\u00e7\u00e3o brasileira movimentou mais de 1,5 milh\u00e3o de toneladas de alimentos.<\/p>\n
Sob a orienta\u00e7\u00e3o de ser uma plataforma one-stop-shop para os estabelecimentos, a empresa quer trazer mais novidades a esse portf\u00f3lio. Embora n\u00e3o revele detalhes, Lopes diz que um desses ingredientes \u00e9 a oferta de servi\u00e7os financeiros, que deve ser estruturada entre o fim desse ano e o in\u00edcio de 2022.<\/p>\n
\u201cH\u00e1 uma nova onda de empresas explorando essa conex\u00e3o entre estabelecimentos e produtores\u201d, afirma Cristina Souza, CEO da consultoria Gouv\u00eaa Foodservice. \u201cEssa \u00e9 a \u00faltima fronteira na cadeia de food services.\u201d<\/p>\n
Al\u00e9m da Frubana, ela cita algumas companhias, com diferentes modelos, atuando nesse espa\u00e7o. Mais pr\u00f3xima da proposta da startup colombiana est\u00e1 a brasileira NetFoods, investida da Bossa Nova e que j\u00e1 opera em cerca de 300 cidades.<\/p>\n
Outro exemplo \u00e9 a tamb\u00e9m brasileira Menu, que recebeu investimentos \u2013 de valor n\u00e3o revelado \u2013 da Z-Tech, bra\u00e7o de corporate venture capital da Ambev. O card\u00e1pio inclui ainda nomes como Pingo e Da Horta pra Porta, essa \u00faltima, mais voltada ao atendimento de restaurantes de alta gastronomia.<\/p>\n
Apesar de destacar as boas perspectivas para esse modelo, Cristina faz algumas ressalvas, especialmente para a estrangeira Frubana. \u201cO grande desafio deles \u00e9 a log\u00edstica do setor\u201d, diz. \u201cE ganhar escala em um mercado enorme, mas extremamente pulverizado.\u201d<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
A startup colombiana conecta produtores agr\u00edcolas e fornecedores de alimentos a restaurantes e mercados de bairro. Com o aporte liderado pelo GGV Capital, com a participa\u00e7\u00e3o de fundos como Softbank e Tiger Global, a Frubana planeja refor\u00e7ar sua presen\u00e7a no Brasil<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":1035355,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"content-type":""},"categories":[104],"tags":[599,92830,4386],"yoast_head":"\n