{"id":1031500,"date":"2021-01-04T11:58:50","date_gmt":"2021-01-04T14:58:50","guid":{"rendered":"https:\/\/newtrade.com.br\/?p=1031500"},"modified":"2021-01-04T11:58:50","modified_gmt":"2021-01-04T14:58:50","slug":"no-varejo-a-moda-e-ser-fintech","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/newtrade.com.br\/varejo\/no-varejo-a-moda-e-ser-fintech\/","title":{"rendered":"No varejo, a moda \u00e9 ser fintech"},"content":{"rendered":"
Em 7 de dezembro deste ano, a Ame, fintech da B2W e da Lojas Americanas, anunciou a compra da Bit Capital, uma pequena startup financeira que atua com blockchain e open banking. Na ter\u00e7a-feira, 29 de dezembro, ela adquiriu outra empresa de servi\u00e7os financeiros: a Parati Cr\u00e9dito, por R$ 34 milh\u00f5es.<\/p>\n
O que poucos sabem \u00e9 que a compra de Bit Capital e Parati Cr\u00e9dito, separadas por 22 dias, est\u00e3o interligadas. A primeira empresa \u00e9 dona de uma solu\u00e7\u00e3o que permite criar conta digital, ter cart\u00e3o, realizar TED, emitir boletos e fazer transfer\u00eancias via PIX.<\/p>\n
Mas a Bit Capital n\u00e3o tinha licen\u00e7a do Banco Central para operar esses servi\u00e7os. Para isso, a startup contava com uma parceria com a Parati Cr\u00e9dito para realizar essas transa\u00e7\u00f5es para os seus clientes \u2013 entre eles, a Ame.<\/p>\n
Com as duas companhias debaixo de seu guarda-chuva, a Ame refor\u00e7a seus produtos financeiros e abre o espa\u00e7o para acelerar os servi\u00e7os de banco digital. A transa\u00e7\u00e3o precisa ainda ser aprovada pelas autoridades reguladoras.<\/p>\n
De acordo com comunicado divulgado ao mercado por B2W e Lojas Americanas, a Parati possui acesso direto ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SBP) e ao Sistema de Pagamentos Instant\u00e2neos (SPI). Ela atua ainda como bank as a service e como Regtech, integrando fintechs ao sistema banc\u00e1rio.<\/p>\n
Bit Capital e Parati Cr\u00e9dito devem agora se concentrar apenas nos servi\u00e7os da pr\u00f3pria Ame, deixando de lado outros clientes, segundo apurou o NeoFeed. \u201cA Ame tem apenas dois anos, est\u00e1 em um crescimento acelerado e nem come\u00e7ou os investimentos pesados na plataforma\u201d, diz uma fonte.<\/p>\n
A transa\u00e7\u00e3o faz parte de uma estrat\u00e9gia que todos os principais varejistas online e offline brasileiros est\u00e3o adotando. Al\u00e9m de atrair clientes aos seus sites e lojas f\u00edsicas, essas companhias est\u00e3o aumentando a oferta de servi\u00e7os financeiros tanto aos seus consumidores, como aos vendedores de seus marketplaces.<\/p>\n
A Ame, por exemplo, conta com mais de 15 milh\u00f5es de clientes pessoas f\u00edsicas e mais de 2,8 milh\u00f5es de estabelecimentos comerciais conectados \u00e0 sua plataforma, que poder\u00e3o contar com conta digital, cart\u00e3o de cr\u00e9dito, cart\u00e3o pr\u00e9-pagos, empr\u00e9stimos e integra\u00e7\u00e3o com o PIX, o sistema de pagamentos instant\u00e2neos do Banco Central. Em novembro, a Ame movimentou R$ 2,7 bilh\u00f5es em transa\u00e7\u00f5es.<\/p>\n
Os rivais de B2W e Lojas Americanas, que controlam a Ame, tem estrat\u00e9gias semelhantes. Na semana passada, o Magazine Luiza comprou por R$ 290 milh\u00f5es a Hub Fintech e passou a ser dono de uma opera\u00e7\u00e3o com 4 milh\u00f5es de contas digitais e cart\u00f5es pr\u00e9-pagos ativos, que movimentaram R$ 7 bilh\u00f5es nos \u00faltimos 12 meses.<\/p>\n
\u201cA aquisi\u00e7\u00e3o da Hub adianta em v\u00e1rios anos a jornada de desenvolvimento da nossa plataforma de pagamentos, tanto para pessoas jur\u00eddicas quanto para pessoas f\u00edsicas\u201d, disse Frederico Trajano, CEO do Magazine Luiza, em comunicado divulgado ao mercado.<\/p>\n
A Via Varejo, dona das marcas Casas Bahia e Extra, atua nessa \u00e1rea com o banQi, um banco online que tem potencial de ser um unic\u00f3rnio, como s\u00e3o chamadas as empresas avaliadas em mais de US$ 1 bilh\u00e3o.<\/p>\n
No terceiro trimestre de 2020, o banQi contava com 1,1 milh\u00e3o de contas digitais e contabilizava R$ 1,2 bilh\u00e3o de credi\u00e1rios digitais sob gest\u00e3o. O volume total de pagamentos estava na casa de R$ 120 milh\u00f5es.<\/p>\n
O Mercado Livre, por sua vez, conta com o Mercado Pago, que teve um volume de transa\u00e7\u00e3o de US$ 14,5 bilh\u00f5es no terceiro trimestre de 2020, um avan\u00e7o de 91,7% na compara\u00e7\u00e3o com o mesmo per\u00edodo do ano passado.<\/p>\n
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