O indicador de Inten\u00e7\u00e3o de Consumo das Fam\u00edlias (ICF), medido pela Confedera\u00e7\u00e3o Nacional do Com\u00e9rcio de Bens, Servi\u00e7os e Turismo (CNC), alcan\u00e7ou o patamar de 72,1 pontos em dezembro deste ano, o maior resultado desde maio de 2020, quando chegou a 81,7 pontos. Segundo a CNC, mesmo com essa recupera\u00e7\u00e3o, este foi o pior m\u00eas de dezembro da s\u00e9rie hist\u00f3rica.<\/p>\n
O \u00edndice permaneceu abaixo do n\u00edvel de satisfa\u00e7\u00e3o (100 pontos), o que vem ocorrendo desde abril de 2015 (102,9 pontos). A s\u00e9rie com ajuste sazonal apresentou crescimento mensal de 1,2%, o quarto crescimento consecutivo e mais intenso do que o observado no m\u00eas anterior (+0,8%). Entretanto, em rela\u00e7\u00e3o a dezembro de 2019, houve retra\u00e7\u00e3o de 25,1%, a nona redu\u00e7\u00e3o nesta base comparativa.<\/p>\n
\u201cA confian\u00e7a vem melhorando, mas de forma lenta, gradual, como n\u00e3o poderia deixar de ser diante do dram\u00e1tico quadro econ\u00f4mico provocado pela pandemia. Nossa expectativa \u00e9 de que, com a vacina\u00e7\u00e3o j\u00e1 planejada pelo governo, esse processo de retomada da confian\u00e7a tenha continuidade, provavelmente se acelerando nos pr\u00f3ximos meses\u201d, disse, em nota, o presidente da CNC, Jos\u00e9 Roberto Tadros.<\/p>\n
Segundo a economista da CNC Catarina Carneiro, os resultados do ICF mostram que as fam\u00edlias refor\u00e7aram sua confian\u00e7a na recupera\u00e7\u00e3o econ\u00f4mica. \u201cEssa melhora nos indicadores de curto prazo j\u00e1 est\u00e1 influenciando as expectativas de longo prazo, tanto que a perspectiva profissional para o pr\u00f3ximo semestre apresentou o maior crescimento no m\u00eas. Tamb\u00e9m foi registrado o maior percentual, desde maio de 2020, de fam\u00edlias com percep\u00e7\u00e3o positiva sobre o futuro do mercado de trabalho\u201d, analisou.<\/p>\n
Na avalia\u00e7\u00e3o por faixa de renda, as fam\u00edlias com renda acima de dez sal\u00e1rios m\u00ednimos revelaram n\u00edvel de insatisfa\u00e7\u00e3o de 82,6 pontos, com aumento mensal de 1,4% e queda anual de 26,2%. Para as fam\u00edlias com renda abaixo de dez sal\u00e1rios m\u00ednimos, o indicador atingiu 70,1 pontos, tamb\u00e9m representando insatisfa\u00e7\u00e3o, j\u00e1 que o \u00edndice permaneceu abaixo dos 100 pontos.<\/p>\n
No entanto, no m\u00eas houve avan\u00e7o de 1,2% na confian\u00e7a nessa faixa de renda, enquanto na compara\u00e7\u00e3o anual aconteceu redu\u00e7\u00e3o de 24,8%.<\/p>\n
A quest\u00e3o referente ao emprego atual mostrou que 32,8% dos entrevistados se sentem t\u00e3o seguros com seu emprego quanto no ano passado, uma propor\u00e7\u00e3o menor do que no m\u00eas anterior (33%) e maior do que em dezembro de 2019 (25,9%).<\/p>\n
Neste m\u00eas, houve a maior propor\u00e7\u00e3o desde junho, quando atingiu 21,1%, das fam\u00edlias que se sentem mais seguras em rela\u00e7\u00e3o ao emprego. Apesar desse avan\u00e7o no m\u00eas, o patamar atingido foi de 88,1 pontos, revelando continua\u00e7\u00e3o da insatisfa\u00e7\u00e3o das fam\u00edlias neste item.<\/p>\n
A maior parcela das fam\u00edlias (52,2%) demonstrou uma perspectiva profissional negativa em dezembro deste ano, enquanto este percentual foi de 54,5% no m\u00eas anterior e de 42,5%, em dezembro de 2019.<\/p>\n
Similar ao indicador de emprego atual, o percentual de perspectiva positiva em rela\u00e7\u00e3o ao futuro do mercado de trabalho (39,1%) atingiu a maior taxa desde maio de 2020 (39,6%). O item obteve varia\u00e7\u00e3o positiva de 3% em dezembro de 2020, a quinta consecutiva, tamb\u00e9m sendo o maior crescimento do m\u00eas. Por\u00e9m, a compara\u00e7\u00e3o com igual m\u00eas do ano anterior foi negativa (-17,9%).<\/p>\n
As fam\u00edlias, em sua maioria, consideraram que, em dezembro de 2020, o n\u00edvel de consumo atual foi menor do que no ano passado (59,2%), ante 60,4% no m\u00eas anterior e 47,4% em dezembro de 2019. Mesmo n\u00e3o sendo a maior parte, a parcela das fam\u00edlias que consideraram que houve aumento em seu consumo (14,2%) atingiu o maior percentual desde maio (15,4%).<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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