O avan\u00e7o do coronav\u00edrus come\u00e7ou a provocar mudan\u00e7as nos h\u00e1bitos de consumos em pa\u00edses onde o surto \u00e9 mais grave, e tem potencial para desestruturar alguns segmentos do varejo caso sua propaga\u00e7\u00e3o n\u00e3o seja controlada.<\/p>\n
Um estudo envolvendo 2 mil consumidores dos Estados Unidos, feito pela Coresight Research, mostra que 58% deles evitar\u00e3o \u00e1reas de grande aglomera\u00e7\u00e3o, principalmente os shoppings, caso a epidemia avance em territ\u00f3rio americano.<\/p>\n
Esse n\u00famero sobe para quase 90% entre pessoas com mais de 60 anos, justamente o grupo mais vulner\u00e1vel aos efeitos do v\u00edrus.<\/p>\n
Outros 27,5% afirmaram na pesquisa que j\u00e1 diminu\u00edram as visitas a locais que concentram muitas pessoas, como restaurantes, mercados e cinemas, al\u00e9m dos centros de compras.<\/p>\n
Esse comportamento do consumidor n\u00e3o \u00e9 exatamente uma novidade. Na China, onde a incid\u00eancia de contaminados pelo coronav\u00edrus ultrapassa os 80 mil, os shoppings est\u00e3o vazios.<\/p>\n
Para se abastecer sem precisar sair \u00e0s ruas, os chineses se voltaram para os meios digitais, que passaram a ser usados para comprar de tudo, incluindo itens essenciais como \u00e1gua, alimentos e itens de higiene pessoal.<\/p>\n
Uma outra pesquisa, essa da consultoria Kantar feita em mil lares chineses, aponta que 55% dos consumidores est\u00e3o usando plataformas de e-commerce para se abastecerem.<\/p>\n
O surto tamb\u00e9m tem estimulado as compras coletivas na China. Moradores de uma mesma regi\u00e3o est\u00e3o se organizando em grupos no aplicativo WeChat (uma esp\u00e9cie de Whatsapp com mais funcionalidades) para fazer compras em conjunto e tamb\u00e9m trocar mercadorias.<\/p>\n
Segundo o levantamento da Kantar, 35% das fam\u00edlias chinesas pesquisadas j\u00e1 consideram o WeChat como um novo canal de compras.<\/p>\n
O levantamento captou mudan\u00e7as no perfil dos gastos do consumidor chin\u00eas nesse per\u00edodo. Por n\u00e3o sa\u00edrem de casa por precau\u00e7\u00e3o, 67% das fam\u00edlias pesquisadas reduziram as compras de roupas e 56%, de cosm\u00e9ticos.<\/p>\n
Por outro lado, a Kantar mostra que os gastos com alimentos e bebidas cresceram em 40% dos lares e em 48% deles, aumentou o consumo de produtos de limpeza.<\/p>\n
Estudos tamb\u00e9m mostram que as pessoas passaram a estocar mantimentos com receio de aumento na propaga\u00e7\u00e3o do v\u00edrus entre a popula\u00e7\u00e3o, mesmo em pa\u00edses onde o n\u00famero de contaminados \u00e9 relativamente baixo.<\/p>\n
A rede de supermercados Costco, dos Estados Unidos, tem relatado multid\u00f5es de consumidores levando caixas com \u00e1gua e alimentos para estocar.<\/p>\n
As vendas de desinfetantes para as m\u00e3os aumentaram 73% em fevereiro no mercado norte-americano, segundo dados da Nielsen. As vendas de m\u00e1scaras m\u00e9dicas aumentaram 319%.<\/p>\n
No Brasil, ainda n\u00e3o h\u00e1 dados que apontem para mudan\u00e7as no comportamento de consumo influenciadas pelo surto de coronav\u00edrus.<\/p>\n
Balan\u00e7o do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade divulgado nesta quarta-feira, 4\/03, indica que 530 brasileiros podem ser portadores do v\u00edrus. H\u00e1 apenas tr\u00eas casos confirmados no pa\u00eds.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Pesquisas mostram que, nos Estados Unidos, popula\u00e7\u00e3o come\u00e7a a evitar shoppings e a estocar mercadorias. Na China, principal foco da epidemia, compras coletivas e o e-commerce crescem exponencialmente<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":1023935,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"content-type":""},"categories":[96],"tags":[9959,4058,59249,1394,19446],"yoast_head":"\n