A Ambev SA lan\u00e7ar\u00e1 a primeira \u00e1gua mineral em lata do Brasil at\u00e9 o fim do ano, acompanhando uma tend\u00eancia global entre fabricantes de bebidas, que v\u00eam substituindo o pl\u00e1stico por alum\u00ednio para atender \u00e0s exig\u00eancias de consumidores cada vez mais conscientes em rela\u00e7\u00e3o ao meio ambiente.<\/p>\n
A iniciativa faz parte de um esfor\u00e7o mais amplo da matriz Anheuser Busch InBev para cumprir metas ambiciosas de sustentabilidade em suas opera\u00e7\u00f5es globalmente e surge num momento em que outras multinacionais como Coca-Cola, PepsiCo e Nestl\u00e9 tamb\u00e9m lan\u00e7am \u00e1guas em alta mundo afora.<\/p>\n
No Brasil, a Ambev come\u00e7ar\u00e1 produzindo a vers\u00e3o em lata de sua marca de \u00e1gua mineral AMA em uma cervejaria no Rio de Janeiro, mas o plano \u00e9 distribuir o produto para todo o pa\u00eds, disse o chefe de sustentabilidade da companhia, Richard Lee, em entrevista \u00e0 Reuters.<\/p>\n
Ele recusou-se a entrar em detalhes sobre os investimentos necess\u00e1rios, mas alertou que o envase da \u00e1gua em lata n\u00e3o exigir\u00e1 novos maquin\u00e1rios. O executivo acrescentou que o pre\u00e7o de venda provavelmente ser\u00e1 mais baixo, ainda que o custo de produ\u00e7\u00e3o na lata em alum\u00ednio seja maior que no pl\u00e1stico.<\/p>\n
“\u00c9 mais caro trabalhar com a lata que com o pl\u00e1stico, mas o que importa \u00e9 o impacto. N\u00e3o s\u00f3 as latas de alum\u00ednio s\u00e3o amplamente recicladas aqui como tamb\u00e9m s\u00e3o fonte de renda para milhares de fam\u00edlias”, afirmou Lee, destacando que o Brasil \u00e9 l\u00edder em reciclagem de latas de alum\u00ednio no mundo.<\/p>\n
Mais de 97% de todas as latas de alum\u00ednio para bebida s\u00e3o recicladas no pa\u00eds, conforme dados da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alum\u00ednio (Abralatas) e da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira do Alum\u00ednio (Abal).<\/p>\n
Por outro lado, o pl\u00e1stico tem uma taxa de reciclagem significativamente menor que a do alum\u00ednio e, consequentemente, est\u00e1 entre os materiais que mais poluem os oceanos.<\/p>\n
“Estamos otimistas com as vendas e esperamos que a AMA em lata em 2020 venda volume maior que a soma de 2017 e 2018 com a garrafa tradicional de pl\u00e1stico”, contou Lee, acrescentando que a companhia vendeu mais de 12 milh\u00f5es de unidades neste per\u00edodo de dois anos.<\/p>\n
S\u00f3 no primeiro semestre de 2019, foram vendidas 3,4 milh\u00f5es de unidades da AMA, mostrou o balan\u00e7o mais recente da Ambev.<\/p>\n
Lan\u00e7ada em 2017, a AMA \u00e9 uma marca de \u00e1gua cujo lucro \u00e9 completamente destinado para projetos de acesso \u00e0 \u00e1gua pot\u00e1vel em comunidades do semi\u00e1rido brasileiro. A empresa espera encerrar 2019 com 50 projetos financiados e mais de 43 mil pessoas beneficiadas, segundo o executivo.<\/p>\n
Apesar do entusiasmo com a nova embalagem, Lee disse que a Ambev n\u00e3o planeja eliminar completamente as garrafas de pl\u00e1stico do seu portf\u00f3lio, pelo menos por enquanto. Mas a crescente ado\u00e7\u00e3o de latas em alum\u00ednio \u00e9 tend\u00eancia tamb\u00e9m entre suas marcas de cerveja, conforme a empresa busca oferecer mais op\u00e7\u00f5es aos consumidores.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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