Se tarde da noite voc\u00ea entrar no supermercado e se deparar com um rob\u00f4 circulando pelos corredores, n\u00e3o se assuste. Ao contr\u00e1rio, o bichinho pode ser um ‘funcion\u00e1rio’ do estabelecimento, que trabalha para garantir que as prateleiras estejam abastecidas com os produtos que voc\u00ea procura.<\/p>\n
Com um pouco mais de meio metro de altura e pesando 10 quilos, o robozinho foi desenvolvido com tecnologia nacional da empresa GIC Brasil – o equipamento foi apresentado quarta-feira, 25, aos empres\u00e1rios do setor em S\u00e3o Paulo. Desde 1999, a GIC Brasil atua na automa\u00e7\u00e3o para opera\u00e7\u00e3o em cerca de 800 lojas f\u00edsicas de atacado e varejo do setor de supermercados. Entre os clientes da empresa est\u00e3o as redes Atacad\u00e3o, Tenda , Assa\u00ed e Dalben.<\/p>\n
\u201cO rob\u00f4 nasceu cego, sem voz e n\u00e3o conseguia caminhar\u201d, conta Irineu Fernandes, presidente e fundador da companhia. Hoje, diz ele, ele enxerga tudo, caminha sobre uma trilha, mas ainda n\u00e3o tem voz. Essa ser\u00e1 desenvolvido numa etapa seguinte, adianta.<\/p>\n
O grande recurso do rob\u00f4, por\u00e9m, n\u00e3o \u00e9 a capacidade de poder se movimentar ou falar, mas sim a c\u00e2mera de reconhecimento de imagens que carrega na sua parte superior. O equipamento usa algoritmo para reconhecer as imagens do produtos e detectar o que falta na prateleira, um dos pontos vitais para o varejo. A ruptura, como os lojistas gostam de chamar a falta de produto dispon\u00edvel ao consumidor, \u00e9 um dos principais motivos da perda de vendas no varejo.<\/p>\n
A import\u00e2ncia da c\u00e2mera se reflete at\u00e9 no fato de que ela tem nome, GondolEye, enquanto o robozinho ainda n\u00e3o foi batizado. Fernandes conta que o investimento no desenvolvimento do produto que nasceu dentro do laborat\u00f3rio de inova\u00e7\u00e3o da companhia, localizada em Alphaville (SP), n\u00e3o passou de R$ 2 milh\u00f5es. Al\u00e9m do rob\u00f4, outra alternativa para vigiar a falta de produtos no varejo s\u00e3o c\u00e2meras GondolEye espalhadas pela loja. A companhia tamb\u00e9m v\u00ea a possibilidade de usar drones para executar esse servi\u00e7o, mas ainda \u00e9 uma possibilidade, frisa o empres\u00e1rio.<\/p>\n
O rob\u00f4 e a c\u00e2mera s\u00e3o um aperfei\u00e7oamento do produto que a empresa j\u00e1 tem dispon\u00edvel no mercado. Batizado de Rub, esse sistema monitora as mercadorias nas prateleiras por meio de um leitor \u00f3tico acionado por um funcion\u00e1rio da loja. Al\u00e9m dessa, o produto tem cerca de 30 funcionalidades que acompanham desde a entrada do produto na loja at\u00e9 a sa\u00edda da mercadoria na caixa registradora.<\/p>\n
“Para o reconhecimento de imagens, temos que constuir o banco de imagens de produtos para cada loja. Se ela tem 8 mil produtos, temos que ter fotos de cada um deles”, diz Fernandes. Ele conta tamb\u00e9m que os projetos n\u00e3o precisam ser implementados numa loja inteira, e podem focar, por exemplo, nas \u00e1reas de produtos com maior sa\u00edda.<\/p>\n
Fernandes, que \u00e9 analista de sistemas de forma\u00e7\u00e3o e trabalhou em empresas de tecnologia como IBM, ABB, sempre com o foco no varejo, diz que esse \u00e9 mais um passo para desenhar o supermercado do futuro.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
A tecnologia da empresa GIC Brasil usa algoritmos para reconhecer imagens de produtos e detectar quando precisam ser repostos<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":1020051,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"content-type":""},"categories":[102],"tags":[9959,1681,3503,11388,2086],"yoast_head":"\n