O Brasil \u00e9 o quarto pa\u00eds com maior presen\u00e7a online, mas seus conhecimentos online n\u00e3o s\u00e3o considerados sofisticados. Na pesquisa in\u00e9dita realizada em colabora\u00e7\u00e3o pelo Google com a McKinsey, “Digital Skills Index – \u00cdndice de Habilidades Digitais”, o pa\u00eds registrou um \u00edndice m\u00e9dio de 3 em uma escala que vai at\u00e9 5. Apesar de 70% da popula\u00e7\u00e3o usar redes sociais e passar em m\u00e9dia mais de 9 horas por dia conectada, falta habilidades no uso de ferramentas de cria\u00e7\u00e3o e programa\u00e7\u00e3o, registrando o menor \u00edndice entre os avaliados \u2013 apenas 1,8. O investimento nessa \u00e1rea levaria ao um aumento de at\u00e9 R$ 380 na renda mensal, equivalente a 40% do sal\u00e1rio m\u00ednimo, e injetaria at\u00e9 U$ 70 bilh\u00f5es no PIB brasileiro at\u00e9 2025.<\/p>\n
Segundo o estudo, os conhecimentos criativos online dos brasileiros se restringem a edi\u00e7\u00e3o de v\u00eddeos e cria\u00e7\u00e3o de apresenta\u00e7\u00f5es, j\u00e1 habilidades mais espec\u00edficas como machine learning e automa\u00e7\u00e3o de dados s\u00e3o algumas das dificuldades.\u201cTem um potencial de crescimento\u201d, explica a gerente de marketing do Google Insights, Maria Helena Marinho. \u201cO mercado quer absorver, mas falta capacita\u00e7\u00e3o e profissionais que tenham conhecimentos mais novos.\u201d<\/p>\n
Mais conhecimentos na \u00e1rea de cria\u00e7\u00e3o, mesmo que introdut\u00f3rios, aumentariam em 33% a participa\u00e7\u00e3o em plataformas digitais para fonte de renda, por exemplo, por meio de aplicativos de mobilidade e publica\u00e7\u00e3o de conte\u00fado pelo YouTube. Al\u00e9m disso, esse grupo se tornaria cinco vezes mais propenso a trabalhar no mercado online e teria duas vezes mais chance de ser contratado.<\/p>\n
De acordo com estimativa, o upskilling pode aumentar o crescimento da economia em 0,4 ponto percentual ao ano, o que representa um incremento de mais de 15% no PIB brasileiro projetado para os pr\u00f3ximos anos.<\/p>\n
Nas cinco dimens\u00f5es avaliadas pela pesquisa (Acesso, Uso, Seguran\u00e7a, Cultura Digital e Cria\u00e7\u00e3o), o brasileiro demostrou ter apenas conhecimentos b\u00e1sicos em todas. No acesso, dimens\u00e3o com maior pontua\u00e7\u00e3o (3,5), habilidades como ligar e desligar dispositivos e navegar n\u00e3o s\u00e3o problemas. Por outro lado, h\u00e1 dificuldade quando o assunto \u00e9 o uso de comandos de voz ou a configura\u00e7\u00e3o de programas.<\/p>\n
Outros limites tecnol\u00f3gicos apontados s\u00e3o armazenamento em cloud, transa\u00e7\u00f5es online, identifica\u00e7\u00e3o de sites seguros e se aventurar em novas tecnologias. \u201cOs n\u00fameros mostram que os brasileiros t\u00eam dificuldade em confiar seus dados banc\u00e1rios a sites de compras e n\u00e3o gostam de se frustrar com as novas tecnologias\u201d, conta Maria Helena.<\/p>\n
A pesquisa mostra que os brasileiros t\u00eam “voca\u00e7\u00e3o digital”. Para eles, a internet serve para comunica\u00e7\u00e3o, socializa\u00e7\u00e3o, conhecimentos e entretenimento. O uso de redes sociais entre brasileiro est\u00e1 45% acima da m\u00e9dia global. Um sucesso entre os brasileiro \u00e9 o uso de aplicativos de mensagens (citados por 83% dos entrevistados), redes sociais (56%) e buscadores (53%).<\/p>\n
O consumo de v\u00eddeo tamb\u00e9m \u00e9 alto por aqui: 86% assistem a conte\u00fados em v\u00eddeo. Desses, Entre eles, o YouTube, plataforma de v\u00eddeos do Google, \u00e9 fonte de not\u00edcias para 90% \u2013 o Brasil \u00e9 o terceiro pa\u00eds com mais watch time na plataforma.<\/p>\n
Alguns grupos t\u00eam um gap nos n\u00edveis de digitaliza\u00e7\u00e3o. Entre a faixa et\u00e1ria acima de 55 anos, o \u00edndice m\u00e9dio de maturidade digital \u00e9 20% menor e de cria\u00e7\u00e3o, 30% menor. As mulheres tamb\u00e9m t\u00eam mais dificuldade de habilidades na compara\u00e7\u00e3o com homens: 10% menor no Acesso e na Cria\u00e7\u00e3o. Nas classes sociais C, D e E, al\u00e9m de terem n\u00edvel 10% menor no Acesso, o \u00edndice tamb\u00e9m \u00e9 14% menor no Uso em compara\u00e7\u00e3o com as classes A e B.<\/p>\n
Os resultados da pesquisa condizem com a dificuldade que esses grupos encontram no mercado. Para 70% das empresas brasileiras, os idosos n\u00e3o s\u00e3o capazes de acompanhar as inova\u00e7\u00f5es tecnol\u00f3gicas, 95% dos desempregados s\u00e3o das classes C, D e E e 1 a cada 10 candidatos s\u00e3o mulheres na \u00e1rea de TI.<\/p>\n
A pesquisa foi realizada em 28 cidades de 12 estados, espalhadas pelas cinco regi\u00f5es do pa\u00eds. Mais de 2400 pessoas foram entrevistadas, entre as faixas et\u00e1rias de 15 a 60 anos, de todas as classes sociais.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Mais habilidades digitais criativas aumentaria a renda em 40% do sal\u00e1rio m\u00ednimo, e injetaria at\u00e9 U$ 70 bilh\u00f5es no PIB do Pa\u00eds at\u00e9 2025<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":1009081,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"content-type":""},"categories":[102],"tags":[9958,43999,1988,43998],"yoast_head":"\n