{"id":1013757,"date":"2019-03-08T10:05:43","date_gmt":"2019-03-08T13:05:43","guid":{"rendered":"https:\/\/newtrade.com.br\/?p=1013757"},"modified":"2019-03-08T10:05:43","modified_gmt":"2019-03-08T13:05:43","slug":"consumo-de-refrigerantes-so-deve-apresentar-recuperacao-em-2020","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/newtrade.com.br\/economia\/consumo-de-refrigerantes-so-deve-apresentar-recuperacao-em-2020\/","title":{"rendered":"Consumo de refrigerantes s\u00f3 deve apresentar recupera\u00e7\u00e3o em 2020"},"content":{"rendered":"
A perspectiva de melhora econ\u00f4mica pode trazer recupera\u00e7\u00e3o ao mercado de refrigerantes. No entanto, o produto deve enfrentar o avan\u00e7o de outras categorias de bebidas, principalmente diante da maior preocupa\u00e7\u00e3o do consumidor com a sa\u00fade. \u201cA previs\u00e3o de crescimento mais robusto do PIB em 2020 contribui para que o consumidor volte a comprar os produtos que cortou na crise. Essa recupera\u00e7\u00e3o j\u00e1 estava prevista para 2018, mas a greve dos caminhoneiros e o cen\u00e1rio pol\u00edtico inst\u00e1vel acabaram atrapalhando\u201d, explica a consultora de bebidas da Euromonitor, Angelica Salado.<\/p>\n
Segundo dados da consultoria, o consumo de refrigerantes registrou queda de 2,6% no ano passado em rela\u00e7\u00e3o a 2017 e o Pa\u00eds foi ultrapassado pela China, caindo para a quarta coloca\u00e7\u00e3o no ranking global. \u201cEssa queda est\u00e1 atrelada ao cen\u00e1rio econ\u00f4mico, desencorajando o consumo fora de casa e fazendo com que a popula\u00e7\u00e3o corte gastos\u201d, relata.<\/p>\n
Outro fator que impediu a recupera\u00e7\u00e3o do consumo foi o desempenho comercial abaixo do esperado na Copa do Mundo. \u201cComo o evento de 2014 havia sido no Brasil, a expectativa j\u00e1 era menor. Ainda aconteceu da temperatura ter sido mais baixa e o hor\u00e1rio dos jogos justamente durante o expediente. Acabou sendo menos convidativo para as bebidas. “Ela afirma que a preocupa\u00e7\u00e3o com h\u00e1bitos de vida mais saud\u00e1veis n\u00e3o teve um impacto t\u00e3o grande quanto a crise na categoria. \u201cA conjuntura econ\u00f4mica foi mais relevante. Existe uma parcela da popula\u00e7\u00e3o que ainda n\u00e3o teve acesso ao refrigerante e h\u00e1 espa\u00e7o para esse mercado crescer. “Entre 2013 e 2018, a participa\u00e7\u00e3o da bebida no mercado brasileiro caiu de 66% para 53%. A maior parte dessa fatia foi ocupada pelo segmento de \u00e1guas engarrafadas. \u201cNo setor de food service, percebemos uma migra\u00e7\u00e3o para a \u00e1gua com g\u00e1s e lim\u00e3o. Ainda \u00e9 pequeno em compara\u00e7\u00e3o aos refrigerantes, mas as vendas t\u00eam crescido\u201d, destaca.<\/p>\n
A pesquisa mostra que em 2018, ao contr\u00e1rio do Brasil, a ind\u00fastria global de refrigerantes voltou a crescer, movimentando 216,5 bilh\u00f5es de litros, um aumento de 0,3%. \u201cApesar da China ter ultrapassado o Brasil no volume absoluto, o consumo per capita ainda \u00e9 maior aqui\u201d, ressalta Angelica. No ano passado, os brasileiros consumiram o equivalente a 14 latas de refrigerantes (350ml) por m\u00eas, 12 a mais do que a m\u00e9dia chinesa.Para Angelica, apesar das perdas, o mercado brasileiro n\u00e3o perdeu a import\u00e2ncia no cen\u00e1rio global. \u201cA ind\u00fastria precisa responder com novas estrat\u00e9gias e conversar de maneira diferente com o consumidor.\u201d<\/p>\n
Ela destaca que empresas buscaram maior diversifica\u00e7\u00e3o de tamanhos de embalagens, para atuar em diferentes pontos de vendas e formatos de pre\u00e7os. \u201cAs fabricantes tamb\u00e9m criaram novas marcas e produtos em outras categorias, sem mexer no refrigerante, que ainda \u00e9 uma indulg\u00eancia muito importante para o brasileiro\u201d.<\/p>\n
Na semana passada, a Ambev e a Coca-Cola Femsa apresentaram seus resultados anuais de 2018. No segmento de bebidas n\u00e3o alco\u00f3licas no Brasil, a Ambev teve redu\u00e7\u00e3o de volume (8,7%) e na receita l\u00edquida (1,0%). \u201cApesar dos desafios, continuamos investindo na expans\u00e3o do premium, com as marcas Lipton, T\u00f4nica e Gatorade, que contribuem para um mix mais rent\u00e1vel. Tamb\u00e9m continuaremos promovendo nossa principal marca, Guaran\u00e1 Antarctica\u201d, informou a empresa em nota. J\u00e1 a Coca-Cola Femsa reportou crescimento de volume de 2,9% no Pa\u00eds sobre o resultado de 2017. \u201cNa Am\u00e9rica do Sul, o ambiente de recupera\u00e7\u00e3o no Brasil, juntamente com um portf\u00f3lio robusto, nos permitiu crescimento de volume\u201d, declarou o CEO da companhia, John Santa Maria Otazua, por meio de comunicado.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Desempenho da economia abaixo do esperado em 2018 adiou rea\u00e7\u00e3o das vendas do produto que, em fun\u00e7\u00e3o da crise e da preocupa\u00e7\u00e3o com a sa\u00fade, perdeu espa\u00e7o para outras categorias<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":1010670,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"content-type":""},"categories":[96],"tags":[955,1256,986],"yoast_head":"\n