O crescimento da oferta de cr\u00e9dito para o setor imobili\u00e1rio aliado ao aumento real da renda do trabalhador brasileiro nos \u00faltimos anos levou o faturamento do varejo de material de constru\u00e7\u00e3o a apresentar resultados acima da m\u00e9dia. Entre 2007 e 2013, esse setor cresceu 153%, ficando acima do aumento nominal do Produto Interno Bruto (PIB) (70% no mesmo per\u00edodo). Neste ano, a estimativa do IBOPE Intelig\u00eancia \u00e9 que o setor ir\u00e1 disputar um mercado potencial de R$ 119,2 bilh\u00f5es.<\/p>\n
O segmento da popula\u00e7\u00e3o que representa o maior volume de consumo e vendas para o setor \u00e9 a classe B. De acordo com o Pyxis Consumo, ferramenta de dimensionamento de mercado do IBOPE Intelig\u00eancia, as fam\u00edlias dessa classe ser\u00e3o respons\u00e1veis por 41% do faturamento do setor, o que representa R$ 49 bilh\u00f5es. Essas fam\u00edlias t\u00eam renda m\u00e9dia mensal de R$ 3.900 e representam 25% do total de domic\u00edlios urbanos do Pa\u00eds.<\/p>\n
Para atender esse mercado, o varejo de material de constru\u00e7\u00e3o conta atualmente com 138 mil estabelecimentos comerciais, segundo a Rela\u00e7\u00e3o Anual de Informa\u00e7\u00f5es Sociais, do Minist\u00e9rio do Trabalho e Emprego (RAIS\/MTE), dos quais a maioria (61%) \u00e9 de pequenos estabelecimentos com quatro funcion\u00e1rios ou menos. \u201cIsso mostra qu\u00e3o pulverizado ainda \u00e9 esse setor\u201d, diz a diretora de geoneg\u00f3cios do IBOPE Intelig\u00eancia, M\u00e1rcia Sola.<\/p>\n
Por regi\u00e3o, a maior parte do mercado varejista de material de constru\u00e7\u00e3o est\u00e1 no Sudeste, que concentra 51% do potencial de consumo do Pa\u00eds (R$ 61,3 bilh\u00f5es) e 49% dos estabelecimentos comerciais. Al\u00e9m de ser um mercado de volume, tamb\u00e9m \u00e9 um mercado qualificado, onde a renda m\u00e9dia das fam\u00edlias \u00e9 17% superior \u00e0 m\u00e9dia nacional. \u201cN\u00e3o por acaso, \u00e9 nesta regi\u00e3o que est\u00e3o instaladas a maior parte das lojas no formato home center existentes no Brasil\u201d, afirma M\u00e1rcia Sola.<\/p>\n
Apesar dos bons resultados, o setor ainda apresenta alguns desafios, como a profissionaliza\u00e7\u00e3o das empresas desse mercado. \u201cH\u00e1 alguns anos havia a expectativa de que o varejo de material de constru\u00e7\u00e3o seguisse os passos do ramo supermercadista, passando por um processo de profissionaliza\u00e7\u00e3o que resultaria no surgimento de grandes operadores de atua\u00e7\u00e3o nacional. Isso n\u00e3o aconteceu e o mercado ainda \u00e9 dominado por pequenas empresas, das quais muitas ainda operam na informalidade\u201d, lembra M\u00e1rcia Sola.<\/p>\n
O potencial de consumo citado neste material refere-se apenas ao consumo domiciliar, ou seja, \u00e0s compras de pessoa f\u00edsica junto a varejistas do ramo e inclui compra de tintas e acess\u00f3rios para pintura, material el\u00e9trico, material hidr\u00e1ulico, material b\u00e1sico, ferragens, madeiras, esquadrias, portas e batentes, pisos e revestimentos, metais para banheiro, lumin\u00e1rias e outros produtos para constru\u00e7\u00e3o e reforma.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Maior volume de vendas no ponto de venda ser\u00e1 para a classe B<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"content-type":""},"categories":[104],"tags":[6346,123,814,940,155,621,122,1173,590,188,210],"yoast_head":"\n