Supermercados brasileiros registraram menor nível de estoque desde janeiro de 2020

Levantamento da Neogrid aponta dificuldade de importação de insumos e disparada na inflação como principais motivos.

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Segundo o índice de ruptura da Neogrid, empresa especializada em soluções para as cadeias de suprimento, o estoque do mês passado teve uma queda de pouco mais de 9% no volume médio em relação a abril do ano passado. Na comparação com abril de 2020, a queda foi de 15,96%, e de 16,76% em relação a janeiro daquele ano, antes mesmo da pandemia.

Os dados foram compilados a partir de informações de 80% das maiores redes supermercadistas do País.

Já o índice de ruptura, que representa a falta de determinado produto nas gôndolas, ficou em 10,8%, mesmo índice do mês de março e 0,1% menor que o de fevereiro deste ano, quando foi registrado 10,9%.

“A constância da ruptura nos últimos meses é um indício de que a venda aumentou, impulsionada sobretudo por promoções, e isso consome o estoque; o varejo anda extremamente cauteloso na compra a tal ponto que a venda maior em volume é decorrente de promoções”, afirma Robson Munhoz.

Ele destaca que a queda no volume médio do estoque registrada agora é um reflexo duro de um cenário que mescla a dificuldade de importação de insumos da China, onde parte do país está em lockdown, e da disparada na inflação no País, com o consequente aumento no preço de insumos como o diesel, fundamental no transporte de mercadorias entre indústria varejo.

 

Mais caros

Apesar da manutenção da ruptura geral em abril, alguns produtos da cesta básica registraram alta nos preços mês passado comparado ao anterior, em especial, o leite UHT e o óleo vegetal. É o que aponta levantamento da Horus, empresa de inteligência de mercado integrante do ecossistema de negócios da Neogrid.

Segundo levantamento, o óleo de soja de 900 ml registrou aumento de 31% nos últimos 12 meses, sendo de 6% apenas em abril. Já o leite UHT acumulou variação de 27% em 12 meses, sendo 9,5% apenas no mês de abril.

“A dificuldade de matéria-prima e o aumento dos combustíveis são fatores que impactam demais no custo, que aumenta; como o consumidor vai ao mercado em busca de oferta, o estoque cai enquanto essa relação entre varejo e indústria busca chegar a um meio termo”, explica Munhoz.

Fonte Mercado & Consumo
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