Provadores fechados e quarentena para roupas: o “novo normal” dos shoppings

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O “novo normal” que está sendo adotado pelo varejo e shoppings inclui provadores de roupas fechados por tempo indeterminado, quarentena para as peças que chegam para trocas, meias descartáveis nas lojas de calçados, higienização de produtos ao término de cada atendimento, fim do self-service em restaurantes, suspensão do consumo de café e doces no interior de lojas, luvas para provar anel e relógio, e muito álcool em gel.

Dados da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) mostram que metade dos shoppings já reabriram no país. O Brasil já contabiliza 283 shopping centers abertos em 123 cidades de 17 estados, segundo balanço divulgado nesta segunda-feira (8) pela associação que representa o setor. Ao todo, são 577 estabelecimentos desse tipo no Brasil.

O G1 procurou algumas das maiores redes do comércio para conferir o novo protocolo de atendimento e o que mudou na hora de realizar um compra nos locais em que a reabertura já foi autorizada mesmo em meio ao número ainda crescente de casos de Covid-19 no país.

Confira abaixo as principais mudanças e adaptações:
Provadores fechados e quarentena para trocas

As lojas de vestuário estão reabrindo no país com os provadores fechados por tempo indeterminado.

Nas redes Renner e Riachuelo, onde os clientes estavam acostumados a pegar várias roupas nos cabides para experimentar antes de decidir o que compra, o prazo para trocas foi ampliado para até 90 dias, e avisos em cartazes em via sistema de som pedem que os consumidores higienizem as mãos com álcool em gel antes e depois do manuseio dos produtos.

“As roupas recolhidas na loja permanecem em uma espécie de quarentena de até 5 dias antes de retornarem para as araras e a loja está sendo higienizada de hora em hora”, informou a Riachuelo.

As peças levadas pelos clientes para trocas também são colocadas em quarentena, segundo as redes. “As peças que retornam para as lojas são colocadas em quarentena, sendo armazenadas em uma caixa por 72 horas. Após este período, são higienizadas antes de voltarem para a área de vendas”, informou a Renner.

Já nas lojas da Arezzo, estão sendo oferecidas meias plásticas descartáveis para os clientes provarem calçados.

Além da regra básica de máscaras obrigatórias e álcool em gel em diferentes pontos, as lojas também têm reforçado as sinalizações de distanciamento nas áreas de caixas.

Apesar de todo o reforço nos protocolos de higienização e de distanciamento social para garantir a retomada das atividades, as grandes redes admitem que o fluxo de clientes ainda deverá ser bastante reduzido enquanto o país não vencer a pandemia.

“Acredito que uma das grandes mudanças é a venda sem o contato tão próximo com os clientes. Hoje o grande desafio é entender a necessidade e o desejo dos clientes de uma forma diferente, ou seja, mantendo o distanciamento. Isso sem dúvida requer novas habilidades dos nossos vendedores. Vendas através das mídias sociais, iniciativas como drive-thru e delivery com certeza serão uma realidade daqui pra frente, já que espera-se uma redução no fluxo das lojas por conta da pandemia”, afirma Lucilene Rezende Scurato, diretora de Recursos Humanos do grupo Inbrands, dono de marcas como Ellus, Richards e VR.

Higienização de óculos antes e depois de cada cliente

Nas Óticas Carol, o novo protocolo recomendou a retirada dos tapetes das portas de entrada das lojas e higienização dos produtos e bancadas a cada atendimento.

Os óculos e demais aparelhos são higienizados antes de serem entregues para o cliente, e novamente antes de voltarem para a vitrine. Para não danificar os óculos, em vez de álcool, é utilizada uma solução de peróxido de hidrogênio (a popular água oxigenada).

Máscaras e luvas também são oferecidas para o uso do pupilômetro.

“Antes de oferecer as opções de armações ou solar, o colaborador faz a higienização das mesmas, mesmo que já tenha realizado. E assim que o mesmo devolvê-la, todo o processo de higienização é refeito”, explica a rede.

Luva para provar anéis e relógios

Na Vivara, além da higienização rigorosa dos produtos manuseados pelo cliente a cada atendimento, estão sendo fornecidas luvas descartáveis para os consumidores provarem anéis e relógios.

“Os protocolos adotados pela empresa são ainda mais rígidos. Além do fornecimento dos equipamentos de proteção individual (máscaras e também luvas) aos funcionários, com procedimento de troca a cada 2 horas, também são fornecidas proteções descartáveis para os clientes provarem anéis e relógios”, informa a rede.

Para ajudar a evitar a formação de filas, as lojas da marca também passaram a adotar o atendimento com horário agendado.

Fonte G1
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