“O movimento digital não tem volta”, afirma diretor da Casa Flora

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Por Cláudia Rivoiro

Uma das empresas do segmento de alimentos e bebidas mais tradicionais do país, a Casa Flora está, assim como centenas de negócios, passando e implementando mudanças na forma de comandar suas operações. Em julho deste ano, a Casa Flora completa meio século de mercado e nesta entrevista exclusiva, Antonio Carvalhal Neto, diretor da Casa Flora, conta como as restrições impostas pela pandemia de coronavírus estão transformando o jeito de comandar os negócios.

“O mundo mudou. Antes, quando tínhamos crises eram localizadas, mas agora é mundial”, enfatiza. Neto conta que estão reaprendendo a trabalhar com as novas situações, as questões cambiais já que importam produtos de vários países, com as restrições do consumo e a perda de renda da população. “Temos que ser responsáveis e equilibrados nessa hora”, afirma.

Operações
Antonio Carvalhal Neto, diretor da Casa Flora

Na empresa, os centros de distribuição, o escritório e varejo tomaram as medidas necessárias como trabalho remoto, automatização das equipes comerciais, já que presença física não é possível nessa hora. “O movimento digital não tem volta, os vendedores estão trabalhando dessa maneira para atender os nossos clientes que são os grandes varejistas. Estamos entregando as mercadorias com logística e escala e na loja que temos na região central da capital paulista tomamos todas as medidas vigentes e necessárias como distanciamento, luvas, álcool em gel, enfim tudo dentro do padrão. E a questão do dólar, que no ano passado estava por volta de R$ 3,80 e hoje chega a R$ 5,20, ajustamos um dólar médio para esse momento”, adianta.

Sobre o consumidor atual, Neto acredita que ele está fazendo e fará por algum tempo muita conta, pensará antes de gastar mas por outro lado quem tem renda pode experimentar e está aberto a produtos novos. “Ele está em casa, tem tempo, enfim mas é para quem possui renda que possibilita essa situação,” observa.

Ele ainda conta que os negócios no ano passado vinham em bom ritmo e com boas expectativas .”Fechamos 2019 positivos e animados com as projeções para 2020, que agora já foram refeitas e revisadas. Nós temos que readequar o negócio para nos manter positivos e sairmos vivos disso tudo”, finaliza.

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