As top 5 marcas de arroz e óleo que estão na cesta do shopper

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A disparada de preços tanto do arroz como do óleo de cozinha fez com que o valor da cesta básica de compras do brasileiro subisse. Além disso, muitas famílias estão se adaptando à essa nova realidade, fazendo substituições de produtos e marcas e também reduzindo o consumo.

Para entender melhor como o shopper está se comportando no ponto de venda, a Horus Inteligência de Mercado realizou, a pedido e com exclusividade para o portal NEWTRADE, uma pesquisa para medir os impactos da alta de preço desses itens na cesta do consumidor. O período analisado compreende o primeiro, segundo, terceiro e quarto bimestres de 2020 em todo o Brasil tanto no super e hipermercado como no atacarejo e no pequeno varejo.

Luiza Zacharias, diretora de Novos Negócios da Horus Pesquisas

De acordo com os dados levantados, julho e agosto mostraram uma retomada do comportamento pré-Covid. A pesquisa aponta que comparando os períodos entre maio e agosto, observa-se um aumento de 7,6% no preço médio do arroz e uma redução de 1,8 pontos percentuais (p.p) na presença dessa categoria na cesta do consumidor. “No entanto, quando olhamos para o primeiro semestre observamos que o aumento de preço é de 26,3%, enquanto a redução na presença é de apenas 0,2 p.p, sugerindo uma retomada do comportamento pré-COVID, não ocasionado unicamente pela alta dos preços da categoria”, comenta Luiza Zacharias, diretora de novos negócios da Horus.

Os preços elevados, estão obrigando o shopper a abrir mão de outros itens da cesta pela aquisição do arroz, por exemplo. A pesquisa indica que com a alta do preço do arroz, a alternativa do shopper foi reduzir o tamanho da cesta de compras. Em média, a média de itens adquiridos caiu 13,6%, refletindo também no ticket médio com queda de 8,5% do total gasto com a cesta, entre os bimestres Mai/Jun e Jul/Ago.

Claudio Felisoni de Angelo, presidente do IBEVAR

Para Claudio Felisoni de Angelo, economista e presidente do IBEVAR, houve uma mudança, basicamente relacionada a quantidade, tendo em vista que trata-se de um alimento básico, no caso do arroz, principalmente, e portanto de difícil substituição.

“Então, obviamente que esse aumento significativo de preços deixou menos possibilidades para famílias de menor poder aquisitivo e o comportamento de compra foi no sentido de racionar, diminuir as quantidades”, comenta.

 

Preço do óleo tem aumento constante

 

Sob o efeito da pandemia e do dólar, o preço médio do óleo de cozinha vem aumentando de forma continua em 2020.

Entre os meses de maio e agosto, houve um aumento de 4,4% no preço e uma redução de 2,7 pontos percentuais (p.p) na presença dessa categoria na cesta do consumidor. “No entanto, quando olhamos para o primeiro semestre observamos que o aumento de preço é de 12,32%, enquanto a sua presença teve aumento de 1,25 p.p, sugerindo, como no caso do arroz, uma retomada do comportamento pré-COVID, não ocasionado unicamente pela alta dos preços da categoria”, analisa Luiza.

Apesar do cenário de alta nos preços, o produto manteve intensidade constante na cesta de compras.  Enquanto a cesta total de compras voltou ao patamar pré COVID, a presença da categoria óleo se manteve constante em todo os bimestres, com média de 1,95 itens.

 

 

Comportamento nos canais de compra

Os supermercados foram a melhor opção do shopper para comprar arroz no último bimestre. De acordo com a Horus, o tíquete médio de arroz aumentou em 28,7% no atacarejo mas a intensidade de compras caiu neste canal. “Em média, o shopper deste canal levou até -11,5% em itens de arroz na sua compra”, comenta Luiza.

Já quando se analisa o comportamento da categoria de óleo de cozinha, a pesquisa da Horus mostra que o tíquete médio cresceu em todos os canais entre maio e agosto. “O aumento no tíquete médio da categoria não refletiu na média de itens adquiridas pelo shopper. Com exceção do atacarejo, todos os canais apresentaram estabilidade na quantidade de itens”, diz Luiza.

Assim como há diferenças entre os canais, os impactos sentidos no dia a dia das famílias também é variável. Segundo Felisoni, no caso de famílias com maior poder aquisitivo e maior segurança alimentar, o consumo de arroz presenta uma média de 6% dos alimentos, considerando as refeições de almoço e jantar. Já para famílias com menores condições, nessas mesmas refeições pode ser de até 21%. “É evidente que esse aumento nos preços vai afetar muito mais as famílias de menor poder aquisitivo e a substituição é mais difícil. Existem duas possibilidades, comprar mesmo pagando mais caro ou a redução da quantidade, e dadas as restrições de renda, a redução se torna a opção mais factível”, comenta.

As Top 5 marcas de arroz

As marcas Camil e Tio João continuam sendo as mais presentes nas cestas. De acordo com a pesquisa, a alta nos preços não mudou a preferência do shopper e marcas como Camil, Tio João e Urbano permaneceram como as mais procuradas da categoria. “O destaque em Jul/Ago vai para a Carreteiro, que apresentou aumento em seus índices”, comenta Luiza.

Para Felisoni, no que diz respeito ao arroz é bem difícil que o shopper substitua as marcas. “Neste momento, trocar uma marca de costume por marcas mais baratas, pode até parecer uma solução, mas estamos enfrentando preços altos na categoria como um todo. Isso significa que será mais difícil encontrar preços mais baixos, mesmo em outras marcas”, comenta.

As Top 5 marcas de óleo de cozinha

 

A categoria de óleo mostrou-se pouco volátil. O mercado pouco variou mesmo com o aumento do preço médio e o shopper continuou buscando as marcas de sempre para aquisição. E nesse cenário, as marcas Soya e Liza figuram entre as favoritas da categoria para o shopper.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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