O varejo online é um vencedor indiscutível da pandemia do novo coronavírus. Os meses de distanciamento social total turbinaram as compras online numa tendência que, segundo especialistas do setor, tende a se manter num patamar muito mais elevado que antes da quarentena. Além das grandes empresas já conhecidas, empresários de todos os tamanhos correram para migrar suas vendas para o online, transformando para sempre a experiência de compra.
Um varejo com excelência no atendimento presencial se viu, do dia para a noite, com o desafio de replicar a experência no online. E lojas online consolidadas precisaram lidar com avalanches de pedidos, com novos desafios de tecnologia, logística e atendimento. A SoluCX, empresa especializada em pesquisas de satisfação online, levantou, nas últimas semanas, quais foram as empresas campeãs da pandemia.

Para Tiago Serrano, presidente e cofundador da SoluCX, o varejo já apresentava grandes evoluções em suas iniciativas de transformação digital antes da pandemia. E isso foi fundamental para se adaptar a esse período. “É interessante observar que os indicadores validam uma tendência que já apresentava grande adesão. A diferença da lista dos mais populares para a dos mais bem avaliados mostra que nem sempre uma coisa está atrelada à outra”, diz.
A pesquisa levou em consideração 18 e-commerces com atuação na cidade de São Paulo, entre abril e outubro, relveando que a nota média de NPS do segmento foi uma das maiores entre os diversos setores avaliados — 61, com mínima de 37,8 e máxima de 74,6 (a escala vai de -100 a 100). A análise permite que o respondente classifique sua escolha entre 0 e 10 pontos. A característica mais bem avaliada foi a qualidade do produto adquirido, com 94,7% de aprovação, e a mais mal avaliada foi o custo-benefício, com 84,6% de aprovação.