Ambientes incertos e adaptação à mudança: o que podemos fazer, como empresa, em um ambiente de pandemia

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*Por Patricia Cotti

O que define os comportamentos de consumo? Qual será o nosso “novo normal”? Será que as práticas atuais permanecem? São eles verdades absolutas ou ainda podem ser alterados? Estas são apenas algumas das perguntas que têm tomado fórum nos ambientes de negócios, com uma grande parcela de conteúdos preditivos que visam buscar respostas e controle.

Os estrategistas e estudiosos de tomada de decisão trarão a luz um conceito conhecido, cujo acrônimo se define como “VUCA”: Volatility (volatilidade – velocidade das mudanças), Uncertainty (incerteza – falta de clareza no presente), Complexity (complexidade – grande número de variáveis), Ambiguity (ambiguidade – falta de clareza no significado dos eventos).

Usado pela primeira vez em 1987, com base nas teorias de liderança de Warren Bennis e Burt Nanus, o conceito foi cunhado para refletir o ambiente geopolítico mundial futuro pós-Guerra Fria, tendo em vista a falta de precedentes norteadores dos comportamentos humanos que se seguiriam.

Em nossa época, o VUCA se estabelece. Mas devemos nós, como empresas e consumidores, simplesmente deixar o barco seguir, e abandonar seu leme, pela falta de visibilidade de nosso destino? Como atuar diante destes ambientes incertos, de maneira a garantir que cheguemos a nosso destino?

Patrícia Cotti, diretora executiva do IBEVAR

A resposta passa por dois pontos de extrema atenção: conhecimento – acompanhar os dados reais, o dia a dia, para diminuir os gargalos operacionais e conseguir ter, se não a visão clara, pelo menos a compreensão dos pontos cardeais, se seguir ao norte ou sul, onde estaremos ao final da tempestade; flexibilidade para ajustar nossas operações e leme a medida que os conhecimentos forem sido obtidos.
E que dicas podemos dar aqueles que se aventuram nesse mar? Como acelerar esse processo de conhecimento e flexibilidade? Com clareza do que somos.

1) Não fique preso a conceitos passados. Acompanhe seus dados atuais e entenda os novos significados de seus produtos no dia a dia das pessoas (resignifique);

2) Verifique os comportamentos humanos por trás dos números (aumento ou queda de vendas). Não caia na armadilha de entender este comportamento como verdade absoluta;

3) Filtre as informações de mercado e as futurologias de maneira racional, sem a cegueira de acreditar naquilo que lhe for melhor;

4) Faça um diagnóstico preciso de seus processos e velocidade como empresa.

*Patricia Cotti é diretora executiva do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (IBEVAR)

 

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