Sem Parar é vendido por R$ 4 bi

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A companhia de concessões de infraestrutura CCR anunciou a venda de sua participação de 34% do capital da STP por R$ 1,4 bilhão para empresa controlada pela norte-americana FleetCor Technologies. A CCR e os demais acionistas da STP, que opera o serviço de pedágios Sem Parar, acertaram contrato para venda de 100% da empresa para a DBTrans, por R$ 4,086 bilhões.
A venda vai propiciar à companhia de concessões de infraestrutura melhorar o resultado neste ano e ampliar a capacidade de novos investimentos, disse o presidente da empresa, Renato Vale.

Segundo ele, a desalavancagem que a companhia terá com a venda desse ativo vai permitir ser mais agressiva no crescimento. Ainda conforme o executivo da CCR, a empresa vê oportunidade nos mercados primário (licitação de novos projetos) e também secundário (concessões).

Em aeroportos, a CCR está mais focada nos terminais de Salvador (BA) e Fortaleza (CE), que fazem mais sentido para a empresa do que os aeroportos do sul, de Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS), por conta das perspectivas para voos internacionais, disse Vale. Vale lembrar que o governo pretende licitar os quatro terminais este ano. “A menos que tenhamos uma surpresa negativa de resultados da empresa, se conseguirmos montar projeto e entendermos que é viável, vamos participar”.

Em rodovias, estão em avaliação tanto os projetos federais da segunda fase do Programa de Investimentos em Logística (PIL) quanto o programa de concessões estadual do governo de São Paulo. “Já temos um investimento muito grande a realizar [neste ano] com os negócios atuais, de R$ 5,8 bilhões, mas perfeitamente equacionados com recursos próprios ou financiamento.”
Rolagens de dívidas

A maior quantidade de recursos em caixa com a venda da fatia da STP também contribuirá para que a empresa deixe de buscar o mercado para fazer rolagens da dívida e diminua seu índice de endividamento, de acordo com o executivo. A dívida líquida consolidada da CCR atingiu R$ 11,5 bilhões ao fim de 2015.

A alavancagem medida pelo indicador dívida líquida sobe Ebitda alcançou 3,2 vezes, ante 2,4 vezes no fim do quarto trimestre de 2014, devido aos novos projetos em implementação ainda sem geração de caixa. Segundo Vale, a progressiva mudança de perfil da STP para uma empresa de meio de pagamentos e crédito a clientes foge do foco da CCR. Via DCI.

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