Saraiva e Fnac apostam em lojas em aeroportos

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A Saraiva e a Fnac  vão disputar, já nos próximos meses, a preferência do cliente no aeroporto de Guarulhos. A Saraiva já abriu uma unidade na área pública do aeroporto, e a Fnac vai inaugurar uma loja no novo free shop do terminal.

Com o movimento, as duas vão tentar ocupar pelo menos parte do espaço deixado pela Laselva, que sempre dominou este mercado, mas entrou em recuperação judicial em junho do ano passado e está sendo obrigada a abrir mão dos pontos que ocupava.

Para Eduardo Seixas, diretor da consultoria Alvarez & Marsal, o sucesso da estratégia da Saraiva e da Fnac vai depender do valor pago pelos pontos, que costuma ser bastante elevado nos aeroportos.

Ao longo dos últimos anos, a rede francesa Fnac vem buscando mundialmente alternativas às megastores. Na Europa, a empresa já começou a abrir lojas mais compactas. Por aqui, esta ideia deve ser aplicada pela primeira vez em Guarulhos.

A nova unidade está prevista para as próximas semanas – a companhia já anunciou a contratação de funcionários em seu site.

O projeto será o primeiro movimento de expansão da Fnac no Brasil em dois anos. A última inauguração da rede foi em 2012, em Goiânia.

Enquanto a Fnac se concentra no projeto de Guarulhos e evita comentar se vai disputar espaços de forma mais agressiva nos aeroportos, a Saraiva montou uma força-tarefa 100% concentrada no potencial do transporte aéreo brasileiro.

O vice-presidente de operações da Saraiva, Pierre Berenstein, diz que a livraria fez estudos específicos voltados aos aeroportos, nicho que pretende explorar nos próximos anos.

A empresa vai atuar tanto em terminais privados quanto participar de licitações abertas pela Infraero.

Lojas

A Saraiva vai abrir cinco lojas no local, uma para cada “momento” do passageiro dentro do aeroporto.

Haverá unidades maiores na área pública do terminal e na área de embarque de Viracopos, além de pequenos boxes de até 50 metros quadrados situados em diferentes pontos, caso o passageiro precise de alguma coisa antes de entrar no avião.

Segundo Berenstein, o mix de produtos foi adaptado para o viajante. Além de livros e revistas, as lojas também terão itens úteis em viagens – como carregadores de celular e adaptadores de energia – e também uma área maior de brinquedos.

“É importante ter itens para o chamado ‘presente de culpa’, aquele que a pessoa que ficou fora leva para compensar a ausência.” 

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