Exclusivo: Fórum de Varejo ressalta aspectos primordiais para as companhias

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As crises econômica e política, pelas quais o País passa no momento, foram deixadas de lado durante os trabalhos do 4º Fórum de Varejo, Consumo e Shopping Centers, realizado de 18 a 20 de março, no Sofitel Jequitimar, no Guarujá, em São Paulo. Mais de 300 empresários de diversas áreas do varejo aproveitaram o fim de semana para focar na geração de conhecimento, que se traduza em um melhor entendimento do consumidor, bem como em aspectos de atração e de retenção deste cliente, cada vez mais bem informado e decidido sobre suas escolhas, sobre suas vontades e com um maior poder de decisão sobre as suas compras.

“Oxigenamos ideias sem convergirmos para o momento que o Brasil está vivendo. Se fizéssemos isso seria frustrante para o encontro, mas graças aos empresários presentes tivemos dados, informações e análises para que as empresas possam vislumbrar melhores condições para a sua área de atuação e para o seu mercado”, disse Marcos Gouvêa de Souza, presidente da GS&MD e do Lide Comércio.

Aspectos como geração de valor, marcas próprias, integração entre o mundo digital e o físico, além dos formatos que melhor atendem as mudanças no perfil de consumo – em diversas faixas etárias – e a multicanalidade das companhias, foram temas de conversas entre os empresários no evento promovido pelo Lide – Grupo de Líderes Empresariais.

“O consumidor quer ser encantado em qualquer plataforma ou canal de compras em que ele estiver. Ele busca ter uma experiência superior esteja onde estiver”, afirmou Julio Zaguini, diretor de relações com o mercado do Google Brasil.

Além disso, a busca constante por aspectos que contribuem para uma melhor competitividade como a formalização das empresas, bem como a diminuição da carga tributária, foram lembrados no fórum. “Precisamos de uma agenda que contemple as empresas e não privilegie e engrandeça os aspectos governamentais, bem como uma diminuição dos seus gastos”, afirmou Flávio Rocha, CEO da Riachuelo.

Momentos de crise, onde o consumidor altera seus hábitos de consumo, podem ser primordiais para a criação de novos hábitos de consumo que se tornam permanentes.

“Cerca de 59% dos consumidores mudam seus hábitos de compra na crise, sendo que 80% deles economiza em alguns itens, como um sabão em pó, por exemplo, para manter o consumo em outros itens mais sofisticados. Isso pode ser uma nova realidade onde, após a crise, as pessoas questionam onde e de que maneira vão gastar o seu dinheiro. São mudanças que podem vir para ficar depois de um momento difícil”, disse Adriano Araújo, CEO da Dunnhumby, empresa de marketing relacionado a bens de consumo.

Outra questão amplamente repetida pelos empresários, durante o evento, foi o foco no trabalho, na operação e no dia a dia, como uma maneira de se ultrapassar os desafios econômicos que conturbam o ambiente do varejo brasileiro nos últimos meses. “Neste momento todo mundo tem que ser vendedor, vamos focar na venda que aí dá certo”, afirmou Luiza Trajano, do Magazine Luiza.

 

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