Reajuste do frete terá impacto de R$ 1,09 bilhão no comércio até o fim do ano

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No dia 5 de setembro, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) divulgou a nova tabela com os valores mínimos do frete em todo o País. A medida corrige a tabela editada em 30 de maio, criada para satisfazer uma das principais exigências feitas pelos caminhoneiros no auge da greve que paralisou o Brasil por 11 dias no fim de maio.

O reajuste médio aplicado pela nova tabela foi de 5,5%, dependendo do tipo de carga, e consiste em uma compensação pelo recente reajuste no preço do óleo diesel. O aumento do diesel, por sua vez, deriva da variação da taxa de câmbio que, nos três últimos meses, acumulou desvalorização de 10,7% e do preço do petróleo no mercado internacional (+4,1% no mesmo período).

Segundo estimativas da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) para todo o universo de empresas comerciais, essas despesas com fretes somaram R$ 50,7 bilhões em 2017, sendo R$ 35,0 bilhões no comércio atacadista, R$ 13,6 bilhões no varejista e R$ 2,2 bilhões no automotivo.

Com o reajuste da tabela, até o fim de 2018, o comércio atacadista será o mais penalizado, devendo incorrer em gastos adicionais de R$ 689,8 milhões. O varejo e o comércio automotivo terão gastos extras de R$ 293,8 milhões e R$ 44,9 milhões, respectivamente.

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1 comentário
  1. Rogerio diz

    As contas não batem. Parece que vai ser muito bom para a Economia:
    i) 51 bi gasto em frete, os 14% a mais gasto em frete vai para o bolso do caminhoneiro, e portanto para circulação, mais de 5 bi.
    ii) indústria e comércio gastarão menos de 1 bi a mais com frete.
    Conclusão, o reajuste da tabela injetou 4 bilhões na Economia.

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